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terça-feira, 7 de junho de 2016

VIOLÊNCIA NA ELEIÇÃO:TRE atuará para evitar confrontos

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará, o desembargador Abelardo Benevides, em entrevista ao Diário do Nordeste, afirmou estar preocupado com a quantidade de recursos financeiros que poderão aflorar no período eleitoral deste ano. Para ele, devido às mudanças na legislação, bem como às "paixões" das disputas municipais, o pleito de 2016 deve ser bem mais conturbado.
Para tentar evitar maiores confrontos em cidades com histórico de violência durante a disputa eleitoral, o TRE já está examinando a situação de cada município e realizando reuniões isoladas visando a um planejamento integrado para tratar do tema junto com a cúpula da Segurança Pública. "Recebemos o comandante da Polícia Militar e todo o staff da Polícia Federal, bem como a nova corregedora e delegada de Crimes Eleitorais. Estamos conversando e fazendo um planejamento", disse.
Os juízes de cada zona eleitoral também estão sendo ouvidos para explicarem a situação das regiões do Estado e, de acordo com os lugares e suas peculiaridades, mais pessoas devem ser alocadas para dar suporte ao TRE durante o pleito. "O fato é que o Tribunal está cuidando disso, junto com o Ministério Público Eleitoral e outras instituições. Pretendemos atuar firmemente nessas eleições", ressaltou.
Apesar dos problemas locais que devem surgir durante o pleito, Abelardo Benevides afirmou esperar uma disputa mais tranquila. "Pode até ser uma eleição mais disputada, mas nosso papel é que saia tudo dentro da legalidade. Se sair fora do campo da legalidade, nós vamos atuar", afirmou.
Etapas
Ele destacou, ainda, que a Justiça Eleitoral, que trabalha por etapas, terminou o processo de alistamento biométrico. Em seguida, ocorrerão as convenções, os registros, eleições e diplomação. Segundo o desembargador, o TRE tem um plano integrado elaborado por todos os setores e, seguindo esta sequência, tem buscado vencer "o problema das limitações orçamentárias".
A maior preocupação neste ano com o pleito, segundo disse o presidente do TRE, é a complexidade das eleições com novas regras, bem como as "paixões e interesses mais próximos". "As mudanças nas eleições fazem com que tomemos mais cautela. Teremos um período menor de propaganda e de registro. Tudo já está planejado para nos adequarmos. Boa ou má a nova legislação, a Justiça Eleitoral terá que dar cabo dela", ressaltou.