Um conta secreta é o objeto principal de uma ampla reportagem realizada pela "Revista Isto é" publicada no fim de semana. A matéria diz que a presidente afastada Dilma Rousseff criou no ano de 2012 uma conta em dos paraísos fiscais mais populares do mundo, a Suíça. A revelação ganhou força na internet e estaria sendo apurada pelas autoridades brasileiras. Confirmado, o fato será uma bomba irreversível na corrida contra o impeachment. Depois de atrasos e procrastinações, a previsão é que a votação contra a presidente ocorra no Senado apenas depois das Olimpíadas.
A 'Isto É' diz que o dinheiro presente na conta teria sido desviado de dinheiro de propina. Tudo foi descoberto durante uma investigação da Polícia Federal, a 'Operação Angola'. Dilma teria criado a conta nos Estados Unidos, mas ela foi hospedada na Suíça. Até mesmo o registro da suposta conta é exposto pela publicação, o CH300867900000516344. Ordens de pagamentos foram registradas e elas tiveram sua efetuação realizada pelo 'Morgan Stanley', um banco suíço. De acordo com a 'Isto É', 230 milhões de dólares pingaram na conta. Uma quantia que representa em torno de R$ 700 milhões.
Para operar a conta, segundo a revista, Rousseff teve a ajuda de um ex-assessor parlamentar. Giles Azevedo atuava com muito sigilo e com a confiança da petista. Ele era o seu chefe de gabinete. Giles tinha tanto poder que podia até falar no nome da presidente, atuando como seu porta-voz. A revelação da 'Isto É' pode ajudar bastante o presidente em exercício Michel Temer, do PMDB, com seu plano de ficar no poder até o final de 2017.
O dinheiro que foi parar na conta da Suíça foi usado nas campanhas eleitorais de Dilma. Algumas suspeitas de irregularidades na última campanha, a de 2014, fizeram com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abrisse um processo contra a chapa formada pela petista e Michel Temer. A punição pior para a dupla seria a impugnação da candidatura, algo visto como improvável, especialmente na atual altura do campeonato.
Tais dados sigilosos já estariam com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Cópias de diversos documentos, como um passaporte, mostrariam que a conta realmente existiu. É bom lembrar que a presidente já disse publicamente que não tem conta na Suíça. Não é o que informou o Ministério Público da Suíça, que segundo a 'Isto É', confirma os repasses para o endereço bancário.