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domingo, 5 de junho de 2016

COPA AMÉRICA: Brasil é salvo por gol mal anulado e fica no 0 a 0 no palco do tetra

Como aconteceu na final da Copa do Mundo de 1994, o Brasil empatou sem gols no Rose Bowl de Pasadena, mas não houve festa. A seleção só jogou bem um tempo diante do Equador e só não saiu derrotada na estreia da Copa América do Centenário graças a um gol mal anulado pelo árbitro.
O técnico Dunga, que há 22 anos levantou a taça do tetra no mesmo estádio, vai ter que rever seus conceitos para evitar mais um vexame, depois da humilhação do 7-1 e das duas eliminações seguidas diante do Paraguai nas quartas de final do torneio continental.
Pela primeira vez, a seleção entrou em campo sem nenhum titular da goleada sofrida na semifinal do Mundial-2014 contra a Alemanha, mas não foi dessa vez que conseguiu exorcizar os fantasmas.
Os comandados de Dunga tiveram uma atuação razoável no primeiro tempo, com bom toque de bola, mas o rendimento caiu muito depois do intervalo e Alisson engoliu um frangaço que poderia ter sido muito mal digerido sem a ajuda do juiz.
Faltou poder de definição lá na frente, com Jonas totalmente anulado pela defesa e meias que mostram habilidade, mas não conseguem finalizar a gol.
Com dores musculares, Miranda, capitão interino no lugar do atacante do Barcelona, ficou no banco e foi substituído por Marquinhos, que formou a dupla de zaga com Gil. Quem herdou a braçadeira foi o experiente lateral Daniel Alves, de 33 anos, que acabou de trocar o Barcelona pela Juventus.
O esquema em 4-1-4-1 ainda teve Casemiro titular na frente da defesa, comandando o meio de campo ao lado de Renato Augusto e Elias, com Willian e Philippe Coutinho nas pontas e Jonas isolado na frente.
Jogando de azul, o Brasil sofreu pressão nos minutos iniciais, diante da marcação adiantada do Equador. Miller Bolaños, atacante do Grêmio, deu um primeiro susto em Alisson logo aos 5, com uma bomba da entrada da área que passou à esquerda do gol.
A reação veio logo em seguida, com a habilidade e a velocidade Willian e Philippe Coutinho. O primeiro puxou contra-ataque pela direita e cruzou rasteiro para o segundo, que finalizou de primeira e viu o goleiro Dreer tirar a bola no reflexo.
Desempenhando o papel que há pouco ainda era de Neymar, Coutinho começou a chamar mais o jogo, saindo muitas vezes da ponta esquerda para atuar com liberdade e confundir a marcação.
O Brasil passou a dominar o jogo, com bom toque de bola, levando algum cada vez que acelerava o ritmo, mas não aparecia ninguém para finalizar a gol.
Mesmo com menos posse de bola, o Equador ainda ameaçava em contra-ataques puxados Jefferson Montero, revelação da Premier League inglesa com o Swansea.
Aos 43, Willian levou uma pancada por trás de Ayovi e ficou por mais de dois minutos caído no gramado, mas conseguiu voltar e respondeu à violência com um drible, dando uma caneta humilhante num marcador.
O ritmo caiu depois do intervalo e Dunga tentou dar um novo gás à seleção aos 15 da segunda etapa, ao colocar Gabigol no lugar de Jonas.
Aos 20, o Brasil deveria ter sofrido seu primeiro gol da competição, mas acabou sendo beneficiado pela arbitragem.
Alisson engoliu um frango monumental, após Bolaños acertar um chute seco sem angulo da linha de fundo. A comissão técnica do Equador chegou a comemorar, mas o gol foi anulado porque o bandeirinha considerou que a bola saiu antes do chute, embora as imagens da transmissão mostrem o contrário.
Perdido em campo, o Brasil se envolveu em uma confusão atrás da outra. Aos 27, os dois quase 'xarás' Filipe Luís e Philippe Coutinho literalmente batendo cabeça, em lance bizarro perto da lateral. O primeiro levou a pior, ficano longos segundos caído no gramado.