Começa oficialmente nesta segunda-feira (2), a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa no Ceará. A campanha se estende até o fim de maio. No Estado, são 2.540.000 animais bovinos e 1.569 bubalinos a serem vacinados, segundo a Agência de Defesa Agropecuária (Adagri). A meta é atingir 95% de cobertura do rebanho.
A vacinação é obrigatória para todos os animais, independentemente da idade. A campanha é executada pela Adagri, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce). Até ontem à noite ainda não havia uma definição do governo do Estado sobre lançamento oficial da campanha.
O produtor que não imunizar o rebanho sofre restrição quanto à movimentação do gado e pode ser multado. Quando a campanha começa só é possível a retirada da Guia de Transporte Animal (GTA) depois de vacinar os animais.
O criador deve ir até o local mais próximo do serviço veterinário oficial do Estado, que dispõe de 40 núcleos e oito escritórios regionais da Adagri ou da Ematerce para comprovar que aplicou a vacina que já está disponível nas revendas de produtos veterinários.
O Ceará obteve, em agosto de 2013, o reconhecimento nacional de área livre de febre aftosa com vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2014. Esse status permite ao Estado negociar com outras unidades federativas e com outros países tanto animais como carne bovina e produtos derivados.
O esforço do governo do Estado é para sensibilizar os criadores a manter em dia a vacinação contra a febre aftosa em duas campanhas de seis em seis meses (maio e novembro). O objetivo é obter reconhecimento nacional de área livre de aftosa sem vacinação.
O coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Joaquim Sampaio Barros, destacou a adesão dos produtores rurais e o apoio da imprensa na vacinação dos animais contra a doença. O setor agropecuário enfrenta dificuldades depois de um período longo de cinco anos seguidos de chuvas abaixo da média histórica. "Os criadores estão conscientes da necessidade de vacinação e têm atendido o nosso apelo, pois sabemos da importância de o Ceará continuar atingido a meta definida pelo Mapa e o reconhecimento internacional de zona livre com vacinação", disse.
Fonte: Diário do Nordeste