Eu costumo dizer em minhas modestas andanças que a esperança do povo, ao lado de sua decência, é o seu maior patrimônio. Diante de todas as dificuldades impostas pela vida, o brasileiro, o acopiarense, sempre ergue a cabeça e enfrenta os problemas com otimismo, boa vontade e fé.
Com a política não poderia ser diferente, de quatro em quatro anos o bom acopiarense renova suas esperanças para as eleições municipais que se avizinham e deposita seu VOTO DE CONFIANÇA no candidato que, segundo sua inteligência, será o melhor para conduzir os destinos da cidade pelos anos vindouros.
Infelizmente amigos, levado por uma propaganda massiva, promessas mirabolantes e um momento histórico favorável a mudanças e/ou correções, o povo é induzido ao erro e acaba por colocar, mesmo sem querer, sua amada cidade em trilhos bem distantes daqueles desejados...
Assim é contada a história dos nossos dias atuais, o erro cometido nas últimas eleições trouxe consequências graves para o presente e o futuro de nossos filhos. As implicações da AUSÊNCIA CLARA de um PROJETO MÍNIMO DE GESTÃO trouxeram de volta para Acopiara problemas típicos das décadas de 80 e 90 como a FALTA D’ÁGUA, o DESEMPREGO e ÊXODO DE JOVENS para outros estados e a FALÊNCIA COMPLETA DO COMÉRCIO.
Tais desaguares não são sentidos apenas no dia-a-dia direto da população, a eficiência da máquina administrativa também tem sido penalizada e a prestação mínima dos serviços MAIS SIMPLES como coleta de lixo, fornecimento de transporte e merenda escolar e a estruturação completa da equipe de um PSF não têm resistido de pé ao caos administrativo ora descrito.
Fatos como o da apreensão dos veículos da Guarda Municipal e Superintendência de Trânsito, POR INADIMPLEMENTO NO CONTRATO DE ALUGUEL, expõem, NUA E CRUA, a realidade crítica da ausência de diretrizes no conduzir das finanças públicas e contas do “governo”.
Ante a um aumento considerável e desarrazoado na cobrança de taxas e impostos, assistimos nos últimos anos, numa trágica inversão de prioridades, a uma gastança esbanjadora e desenfreada com festas, confetes e circos que EM NADA CONTRIBUÍRAM para a resolução dos problemas do município e que foram na contramão das gestões modernas que priorizam o investimento.
Por sorte a democracia confere O PODER AO POVO, que dono e proprietário real da coisa pública, exerce sua cidadania através do direito ao voto, direito esse que lhe dá, NUM GRITO DE SOCORRO, a oportunidade de REFLETIR SOBRE AS CONSEQUENCIAS DOS ERROS COMETIDOS E DE RENOVAR SUA ESPERANÇA POR DIAS MELHORES, senão, por dias bem menos sofríveis.
Acopiara, 05 de abril de 2016.
Jonathas Pinho Cavalcante