Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco divulgaram nesta quarta-feira
(3) um estudo constatando que o vírus zika foi encontrado na glândula salivar
de mosquitos da espécie Culex,
as conhecidas muriçocas.
Entretanto, ainda não é possível afirmar que esses insetos podem infectar seres
humanos.
A
informação é um alerta às autoridades sanitárias, pois a população de muriçocas
é 20 vezes maior que a do Aedes
aegypti, sendo plenamente encontrado em todo o País. A
constatação foi feita após a infecção de 200 insetos em laboratório. Mas a
fundação ressalta que ainda é preciso fazer mais estudos. As informações são do
jornal O Globo.
Segundo
a Fiocruz, não há informações que indiquem a contaminação dos Culex, também
conhecidos como pernilongos, presentes no ambiente. O que a pequisa mostra é
capacidade da muriçoca agir como vetor do vírus, o que também é
preocupante.
Para
determinar uma possível transmissão, ainda é necessária a realização de um
estudo de campo. A ideia dos cientistas é coletar cerca de dez mil mosquitos
(tanto Culex quanto Aedes Aegypti) em bairros de cidades pernambucanas onde há
mais incidência de zika. Isso deve ser feito numa segunda fase da pesquisa, que
deve durar de seis a oito meses.
O
trabalho foi apresentada no seminário “A, B, C, D, E do vírus zika”,
que reune mais de 300 especialistas no assunto.