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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

TJCE NEGA HABEAS CORPUS A ACUSADO DE FINANCIAR MORTE DE RADIALISTA, EM CAMOCIM (CE)

O Tribunal de Justiça do Ceará negou nesta quarta-feira (24) habeas corpus a Francisco Pereira da Silva, acusado de pagar pelo assassinato do radialista GLEYDSON CARVALHO, morto a tiros quando apresentava um programa na Rádio Liberdade FM, em Camocim, no dia 8 de agosto de 2015.

Francisco Pereira da Silva foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e mediante a recurso que dificulte a defesa da vítima) e organização criminosa armada. A defesa alegou "falta de fundamentação na decretação da prisão" ao solicitar a liberdade do acusado.

Ele foi preso em 02 de dezembro de 2015, na cidade de Martinópole (a 334 km da capital). Ele é apontado nos depoimentos como sendo um dos financiadores da morte do radialista. Segundo o relator do processo, desembargador Mário Parente Teófilo Neto, a prisão do réu "está devidamente fundamentada" na garantia da ordem pública, “as circunstâncias do fato comprovam a especial gravidade do delito atribuído ao paciente [acusado] e seus comparsas, revelando sua periculosidade ao meio social”. O magistrado destacou ainda que a liberdade dele colocaria em risco a segurança das testemunhas.

Crime

Segundo a Polícia Militar, dois homens contratados chegaram à rádio dizendo que queriam fazer um anúncio, logo em seguida, renderam a recepcionista.

Eles invadiram o estúdio onde Gleydson apresentava um programa, dispararam contra o radialista e fugiram. Segundo testemunhas, na hora do homicídio, a transmissão estava com programação musical. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Deputado Murilo Aguiar, mas morreu no caminho. Gleydson Carvalho era conhecido na cidade por ser apresentador de um programa que faz denúncias contra políticos da região. As imagens de câmeras de segurança mostram os dois suspeitos em frente ao local de trabalho da vítima três dias antes do crime. Segundo o Ministério Público do Ceará, o crime foi motivado por críticas políticas que o radialista fazia em seu programa. O órgão denunciou sete pessoas por envolvimento no planejamento e morte do radialista, assassinado em 6 de agosto. Carvalho foi baleado durante a apresentação de um programa na emissora.

Fonte: G1/CE