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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Janeiro termina com o dobro da média histórica de chuvas no Ceará

O Ceará alcançou em janeiro o volume de chuvas de 197 milímetros — quase o dobro da média histórica para o mês (98,7 mm). O acúmulo neste janeiro foi o maior dos últimos quatro anos para o mês e o segundo maior em 12 anos. Em 2013, 2014 e 2015, as chuvas de janeiro somaram, respectivamente, 37,6 mm, 46,6 mm e 27,8 mm.
Ainda assim, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as precipitações devem acontecer somente até a primeira quinzena de fevereiro. Para a fundação, permanece o alerta de quadra chuvosa com precipitações abaixo da média.
De acordo com Raul Fritz, meteorologista da Funceme, a redução do volume de chuvas poderá ocorrer devido à intensidade do fenômeno El Ninõ (superaquecimento das águas centrais do oceano Pacífico). Segundo ele, a previsão é de que os maiores impactos sejam entre os meses de março e maio. “Estamos satisfeitos que as chuvas de janeiro tenham chegado numa intensidade boa, aliviaram o Estado numa situação de seca. Mas a nossa preocupação é com a continuidade”, explica Fritz. A perspectiva do meteorologista é a espera pela Zona de Convergência Intertropical do Atlântico para a ocorrência de chuvas no período.
As maiores chuvas de janeiro neste ano foram registradas nos municípios de Crateús (166 mm) e Amontada (155 mm). Apesar da alta no volume pluviométrico, como a Funceme divulgou em janeiro, o Ceará tem 65% de chance de ter a quadra chuvosa abaixo da média histórica em 2016. A possibilidade de as precipitações deste ano ficarem na média considerada normal é de 25%, e a chance de o ano ser chuvoso é de apenas 10%.
Chuvas
Até o começo da tarde de ontem, foram registradas chuvas em 128 municípios do Estado, com destaque para Abaiara, Milagres, São Benedito e Morada Nova, que tiveram as maiores precipitações. Na Capital, choveu 17 mm até as 14 horas desta segunda.
197mm foi o volume de chuvas registrado em janeiro no Ceará, dobro da média histórica
Fonte: O Povo