A quadra chuvosa, que se estende de fevereiro a maio, teve início, ontem, com o registro de precipitações em 128 municípios, sendo que a maior registrada aconteceu em Abaiara, com 75 mm. A Fundação Cearense de Meteorologia e recursos Hídricos (Funceme) prevê mais ocorrências para os próximos dois dias. Apesar do início da quadra coincidir com dias chuvosos, afora o fato de que janeiro fechou com um nível de precipitações acima da média para o mês, a Funceme reitera que ainda é consequência dos fenômenos de pré-estação.
O meteorologista e chefe da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz Teixeira, explica que essas chuvas se devem à ocorrência de vórtice ciclônicos de altos níveis, que são bastante comuns em janeiro e, por conseguinte, na pré-estação, mas que também têm-se estendido por estes primeiros dias de fevereiro. "O problema maior é que o cidadão passa acreditar que é o início da estação chuvosa, quando não é esse o caso", afirmou o meteorologista.
Seca
Segundo Raul Fritz, as previsões da Funceme para a quadra chuvosa deste ano permanecem inalteradas, em comparação ao último prognóstico apresentado no mês passado. Até agora, conforme o especialista, não há nenhum sinal que revele uma estação acima da média. Isso porque, como salienta Raul Fritz, as condições do Pacífico, onde fenômeno do El Niño atua fortemente, não dão sinais de arrefecimento até o fim de maio. "As condições do El Niño são inteiramente desfavoráveis, em vista de que há uma anomalia de temperatura da superfície do mar acima de 2,6º", disse.
Com isso, Raul Fritz acredita que as chuvas previstas para os meses de março, abril e maio, deverão ser significativamente afetadas, considerando os vários modelos internacionais que a Fundação vem trabalhando para a realização dos prognósticos e previsões. Já sobre as boas chuvas registradas no mês de janeiro, o meteorologista lembra que não ocorria algo parecido desde o ano 2000.
Observações
Em geral, o primeiro mês do ano não apresenta grandes índices pluviométricos, ao contrário deste ano, em que as maiores chuvas observadas aconteceram em Ibapina,548.4mm; Granja, 502mm; Crateús, 461 mm; Viçosa do Ceará, 457.2mm; e Barroquinha. Vale destacar que o maiores desvios positivos em relação à média histórica são: Tauá (441.1%); Quiterianópolis (346.5%); Crateús (335.0%); Arneiroz (302.1%); e Ibiapina (274.4%).
Para hoje e amanhã, a Funceme prevê chuvas nas regiões Sudoeste e Centro-Oeste do Estado, havendo também possibilidades de precipitações na área do litoral, em vista da forte atração da umidade. No entanto, não há relação com a zona de convergência intertropical, que é o principal agente da quadra chuvosa na região.
Açudes
Os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), cuja capacidade total é de 18,68 bilhões m³, apresentam volume de 2,42 bilhões m³ (12,93 %). Foram registrados aportes em 37 reservatórios, destacando-se os açudes Angicos, Arneiroz II, Cedro, Edson Queiroz e Orós.
Estes aportes permitiram que os açudes Amanary, Angicos, Colina, Ema, Flor do Campo, Gerardo Atimbone, Parambu, Patos, Realejo, Riacho da Serra e Santo Antônio de Aracatiaçu deixassem o volume morto e que os açudes Broco, Carmina, Carnaubal, Facundo, Faé, Potiretama, São José III, Sousa, Tijuquinha e Várzea do Boi deixassem de estar secos.
Atualmente, o volume acumulado por bacia está distribuído assim: Litoral (36,24%), Alto Jaguaribe (30,18%), Coreaú (29,78%), Metropolitanas (21,15%), Serra da Ibiapaba (15,26%), Médio Jaguaribe (9,82%), Salgado (13,63%), Acaraú (9,65%), Banabuiú (3,09%), Sertões de Crateús (4,69%), Curu (2,94%) e Baixo Jaguaribe (0,23%).
Mais informações:
Funceme
Avenida Rui Barbosa, 1246, Aldeota
Telefone: (85) 3101-1088
www.funceme.br
Fonte: Diário do Nordeste
O meteorologista e chefe da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz Teixeira, explica que essas chuvas se devem à ocorrência de vórtice ciclônicos de altos níveis, que são bastante comuns em janeiro e, por conseguinte, na pré-estação, mas que também têm-se estendido por estes primeiros dias de fevereiro. "O problema maior é que o cidadão passa acreditar que é o início da estação chuvosa, quando não é esse o caso", afirmou o meteorologista.
Seca
Segundo Raul Fritz, as previsões da Funceme para a quadra chuvosa deste ano permanecem inalteradas, em comparação ao último prognóstico apresentado no mês passado. Até agora, conforme o especialista, não há nenhum sinal que revele uma estação acima da média. Isso porque, como salienta Raul Fritz, as condições do Pacífico, onde fenômeno do El Niño atua fortemente, não dão sinais de arrefecimento até o fim de maio. "As condições do El Niño são inteiramente desfavoráveis, em vista de que há uma anomalia de temperatura da superfície do mar acima de 2,6º", disse.
Com isso, Raul Fritz acredita que as chuvas previstas para os meses de março, abril e maio, deverão ser significativamente afetadas, considerando os vários modelos internacionais que a Fundação vem trabalhando para a realização dos prognósticos e previsões. Já sobre as boas chuvas registradas no mês de janeiro, o meteorologista lembra que não ocorria algo parecido desde o ano 2000.
Observações
Em geral, o primeiro mês do ano não apresenta grandes índices pluviométricos, ao contrário deste ano, em que as maiores chuvas observadas aconteceram em Ibapina,548.4mm; Granja, 502mm; Crateús, 461 mm; Viçosa do Ceará, 457.2mm; e Barroquinha. Vale destacar que o maiores desvios positivos em relação à média histórica são: Tauá (441.1%); Quiterianópolis (346.5%); Crateús (335.0%); Arneiroz (302.1%); e Ibiapina (274.4%).
Para hoje e amanhã, a Funceme prevê chuvas nas regiões Sudoeste e Centro-Oeste do Estado, havendo também possibilidades de precipitações na área do litoral, em vista da forte atração da umidade. No entanto, não há relação com a zona de convergência intertropical, que é o principal agente da quadra chuvosa na região.
Açudes
Os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), cuja capacidade total é de 18,68 bilhões m³, apresentam volume de 2,42 bilhões m³ (12,93 %). Foram registrados aportes em 37 reservatórios, destacando-se os açudes Angicos, Arneiroz II, Cedro, Edson Queiroz e Orós.
Estes aportes permitiram que os açudes Amanary, Angicos, Colina, Ema, Flor do Campo, Gerardo Atimbone, Parambu, Patos, Realejo, Riacho da Serra e Santo Antônio de Aracatiaçu deixassem o volume morto e que os açudes Broco, Carmina, Carnaubal, Facundo, Faé, Potiretama, São José III, Sousa, Tijuquinha e Várzea do Boi deixassem de estar secos.
Atualmente, o volume acumulado por bacia está distribuído assim: Litoral (36,24%), Alto Jaguaribe (30,18%), Coreaú (29,78%), Metropolitanas (21,15%), Serra da Ibiapaba (15,26%), Médio Jaguaribe (9,82%), Salgado (13,63%), Acaraú (9,65%), Banabuiú (3,09%), Sertões de Crateús (4,69%), Curu (2,94%) e Baixo Jaguaribe (0,23%).
Mais informações:
Funceme
Avenida Rui Barbosa, 1246, Aldeota
Telefone: (85) 3101-1088
www.funceme.br
Fonte: Diário do Nordeste
