Mais de 100 jornalistas foram mortos em todo o mundo neste ano, apontam dados da ONG Repórteres Sem Fronteiras.
A lista dos países mais perigosos para os profissionais da imprensa é liderada pelo Iraque, onde houve 11 assassinatos em 2015.
Na sequência aparecem Síria, com 10 mortos, e França, com oito mortos, incluindo os funcionários da revista satírica "Charlie Hebdo", alvo de um ataque do Estado Islâmico em janeiro.
"É fundamental adotar um mecanismo concreto para a aplicação do direito internacional sobre a proteção dos jornalistas", declarou o secretário-geral da organização, Christophe Deloire. Neste sentido, ele considera fundamental que as Nações Unidas designem um "representante especial" para a proteção dos jornalistas.
Dados da RSF divulgados há duas semanas indicam ainda que neste ano 54 jornalistas foram sequestrados – alta de 34% na comparação com 2014; e 153 presos – queda de 14% na comparação com o ano anterior.
Os reféns encontram-se na Síria (26), Iémen (13), Iraque (10) e Líbia (5); enquanto os presos estão sobretudo na China (23), no Egito (22), Irã (18) e na Turquia (9). Os 66 restantes estão presos pelo resto do mundo.