Mãe que é mãe sabe quando há algo de errado com o seu filho. O caso de Janet Amador é uma prova disso, já que a norte-americana confessou sentir que sua recém-nascida Janelly tinha algo de anormal desde o seu nascimento.
Aparentemente algo fundamental deixou de acontecer durante a gestação da bebê, por volta da 25ª semana, quando as cartilagens estruturadas endurecem dando lugar ao esqueleto dos fetos. O primeiro osso a se formar é a pélvis, seguida dos outros 200 que possibilitam o movimento e a proteção dos órgãos.
Janelly, no entanto não passou por este processo. Apenas após alguns meses desde o seu nascimento os médicos notaram que a criança não crescia nem ganhava peso.
"Comecei a notar a partir da terceira ou quarta semana de seu nascimento", disse a mãe em entrevista à BBC.
Ao constatar a deficiência, os médicos acreditaram que a bebê não passaria do primeiro aniversário.
"Ela passou perto da morte diversas vezes", disse a mãe.
Nove anos após seu nascimento, e há sete tratada pela médica Jill Simmons, Janelly sobrevive após ter sido uma das primeiras a realizar um tratamento novo para a hipofosfatasia, nome da doença que ela sofre.
"Havíamos ouvido falar de um medicamento mas estava em uma fase muito inicial de testes", disse a médica a BBC.
Tendo em vista a situação da pequena aos dois anos, decidiu-se que ela participaria dos testes. Surpreendentemente, a menina passou a desenvolver ossos após seis meses desde que o medicamento havia sido implantado em Janelly.
Hoje a criança se locomove em uma cadeira de rodas. Apesar de seu tamanho não corresponder à idade, seus ossos continuam a crescer e agora ela tem uma perspectiva de vida real.