A aposentada Maria Benedita Pereira da Silva, 115 anos, precisou ir à unidade do Poupatempo em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, para renovar sua cédula de identidade. Ela renovou o documento porque tinha que comprovar ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que está viva, para continuar recebendo sua aposentadoria.
O RG antigo de dona Dita, como é conhecida, foi tirado quando ela tinha 60 anos de idade, ou seja, há 55 anos.
Dona Dita, que nasceu no dia 9 de agosto de 1900, é considerada uma das mulheres mais idosas do Brasil. Ela acompanhou duas guerras mundiais e oito trocas de moedas brasileiras. Apesar de ter nascido bem depois da abolição dos escravos, Benedita chegou a ser vendida pelo antigo patrão.
Segundo o Poupatempo, dona Dita é uma das 117 pessoas com mais de 100 anos que tiraram a segunda via da carteira de identidade entre janeiro e julho deste ano.
Além da prova de vida perante a Previdência Social, outro motivo que leva idosos a providenciarem a segunda via do RG é a necessidade de resolver questões referentes a imóveis e instituições financeiras. Para evitar fraudes, bancos exigem documentos atualizados com menos de 10 anos e em bom estado de conservação.
Acompanhada da nora Lucimara Conceição Bento, 45 anos, a idosa teve que sair da sua casa na cidade de Aparecida para ir até Pindamonhangaba trocar o RG.
Devido à boa saúde, dona Dita pôde até dar entrevista e, de acordo com o Poupatempo, ela disse que o que mais gosta na vida é de “usar um vestido bonito”.