Os estudantes que forem identificados na depredação da reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) deverão arcar com o prejuízo das restaurações necessárias. O prédio foi ocupado por aproximadamente 50 alunos na noite de terça-feira, 1º. O ato deixou pichações, além de porta e sofá danificados. Ontem pela manhã, sem resistência, os estudantes foram retirados do local pela Polícia Federal, que deverá elaborar laudo descrevendo eventual dano ao patrimônio público para instruir inquérito policial.
As pichações estavam espalhadas entre pinturas dos ex-reitores, no salão nobre, na antessala e na sala do reitor. Uma das portas de acesso ao salão principal sofreu tentativa de arrombamento e um sofá ficou danificado.
De acordo com Custódio Almeida, reitor em exercício da UFC, será feita uma avaliação para verificar se as obras com as imagens dos ex-reitores foram atingidas. “Precisamos de um pouco mais de tempo para contabilizar os prejuízos”, afirma. “A galeria dos ex-reitores é um dos espaços mais importantes, dos pontos de vista simbólico e histórico, para a universidade”, frisa Custódio. O reitor da UFC, Henry Campos, estava em Brasília durante o ato.
De acordo com uma estudante de Direito, porta-voz do movimento, os alunos querem audiência com o reitor, com participação do Ministério Público (MP), para discussão das reivindicações da greve estudantil, iniciada no mês passado. O comando de greve afirma que, “em nenhum momento” houve negociação com relação às demandas estudantis, somente relativas à desocupação.
Uma reunião entre os estudantes foi realizada ontem para discutir rumos da greve. Até o fechamento desta matéria, não havia conclusão sobre o debate.
Fonte: O Povo