Páginas

sábado, 23 de maio de 2015

Ceará descumpre meta e registra 26 novos casos de sarampo, diz Sesa

O Ceará não atingiu a meta de ficar de 90 dias sem casos de sarampo e o ciclo epidêmico da doença persiste no estado. De acordo com o boletim epidêmico divulgado nesta sexta-feira (22) pela Secretaria da Saúde do Ceará, 26 novos da doença aparecem desde o dia 5 de maio. Nesta data, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, visitou o Ceará e cobrou um pacto pelo fim do ciclo da doença. Para o ciclo epidêmico ser considerado encerrado, é preciso que a região fique 90 dias sem novos casos; o Ceará ficou 30 dias sem novos casos.
O Ceará vive um surto de sarampo que já dura 18 meses, sendo este considerado extensão do surto de sarampo de Pernambuco que ocorreu nos anos de 2013 e 2014. Mesmo com novos casos, a incidência de sarampo desacelera no Ceará. Em 2014, o estado havia registrado 694 casos.
A doença
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. É transmitida diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

De acordo com especialistas, essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença. Entre os sintomas da doença estão febre, tosse, manchas brancas na parte interna das bochechas, coriza, conjuntivite, mal-estar e perda de apetite.
Em janeiro, representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde se reuniram em Fortaleza para discutir a quantidade de casos de sarampo no Ceará. Segundo o Ministério da Saúde, o estado pode tirar das Américas o status de área livre do vírus do sarampo caso a doença não seja contida. “É um momento de concentrarmos esforços. Crianças de 6 meses até 5 anos devem estar devidamente vacinadas”, afirmou a coordenadora nacional de imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
Vacina
A vacina é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses a partir do nono mês de vida da criança. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunodeprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.

A principal forma de prevenção é a vacinação, por meio da tríplice viral disponível nos postos de saúde durante todo o ano. “Se a pessoa não sabe se tomou a vacina tríplice viral, se não sabe se teve sarampo na infância e não tem nenhum comprovante de vacina, deve procurar um posto de saúde para se vacinar”, alerta Renata Dias, assessora técnica de Imunização da Secretaria de Saúde do Município (SMS).
Sarampo valendo ok  (Foto: Arte/G1)