O alemão Markus Muller morreu na madrugada desta quinta-feira (28) no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, como informou o Bom Dia Rio. Ele era morador do apartamento que explodiu em São Conrado, na Zona Sul, no dia 18. Os médicos chegaram a tentar reanimá-lo, mas não conseguiram. Markus teve mais da metade do corpo queimado e estava internado no Centro de Tratamento de Queimados da unidade.
Nesta quarta (27), o diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli Sérgio William informou que a explosão foi causada por um acidente em uma instalação de gás da cozinha. O problema teria acontecido na peça conhecida como rabicho. Segundo médicos do primeiro hospital para onde foi levado, o Miguel Couto, no Leblon, Markus disse que foi torturado por um assaltante e que esse criminoso teria feito ameaças de explodir o apartamento. O diretor da unidade afirmou que Markus estava agitado e repetia a mesma história.
Segundo os peritos do ICCE, o que aconteceu no prédio de São Conrado foi um acidente provocado pela a má instalação no rabicho de gás — cano de ferro que faz a ligação da tubulação de gás que fica na parede do prédio com o aparelho. “Se comprova pelo aspecto da fita que não houve uma fixação até o final. Isso foi impedido tecnicamente pelo alongamento que existe entre a instalação e a parede para poder o rabicho ficar perfeitamente fixado e atarrachado”, afirmou William.
A explosão aconteceu no dia 18 de maio e causou a destruição de apartamentos do Edifício Canoas, na Rua General Olímpio Mourão Filho, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Vários apartamentos foram danificados e quatro pessoas ficaram feridas — uma foi encaminhada para o hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, e três atendidas no local pelos bombeiros.