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terça-feira, 17 de março de 2015

Em meio à polêmica, Cid Gomes ficará afastado das atividades no Ministério

O ministro da Educação, Cid Gomes, ficará afastado do cargo até sábado (21), segundo despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). O ex-governador do Ceará está ausente oficialmente desde o dia 10.

Com o afastamento, ele terá mais tempo para elaborar explicações que dará aos deputados, após dizer que na Casa legislativa havia “400, 300 achacadores”. Cid foi convocado para audiência pelos parlamentares a fim de esclarecer a afirmação. O encontro estava marcado para quarta-feira (11), mas, no dia anterior, o ministro passou mal e foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele foi diagnosticado com sinusite, traqueobronquite aguda e pneumonia.

Segundo o Ministério da Educação, a presidência da Câmara dos Deputados foi informada do quadro de saúde do ministro, e foi solicitado o agendamento de uma nova data para prestar os esclarecimentos solicitados pelo Plenário da Câmara dos Deputados, em momento posterior à liberação médica para retorno de suas atividades funcionais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia remarcado o depoimento para quarta-feira (18), entretanto – com o anúncio do afastamento até sábado – a data terá de ser adiada novamente. 
Em reunião com professores e reitores de universidades federais paraenses, em Belém, no dia 27 de fevereiro, Cid disse que “a direção da Câmara será um problema grave para o Brasil”, se continuar sob o comando de Eduardo Cunha.
O ministro também disparou que, quanto pior o quadro político e social do país, melhor para os deputados corruptos. “Tem lá [na Câmara] uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil, porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, deles aprovarem as emendas impositivas”, criticou.