Páginas

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Lava Jato:Collor teria recebido R$ 3 milhões em propina

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello / Foto: José Cruz/ABr


A propina teria sido intermediada por um emissário de Collor e do PTB, o empresário e consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos. De acordo com o depoimento de Youssef, Ramos atuou como o operador do esquema. 

Ainda segundo a publicação da Folha, o empresário - conhecido como PP - é amigo de Collor desde a juventude. Ele foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo do ex-presidente, entre os anos de 1990 e 1992. Pedro Paulo Leoni Ramos também é dono de uma consultoria que fazia negócios com Youssef, a GPI Participações e Investimentos. 

O acordo teria resultado em um contrato de R$ 300 milhões entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora. 

O valor da propina, segundo o depoimento de Youssef, foi arrecadado nos postos, em dinheiro vivo. O pagamento teria sido feito em três parcelas de R$ 1 milhão cada e depois repassado a Leoni, que teria destinado a Fernando Collor de Mello. 

O doleiro afimrou que todos sabiam que Leoni era um emissário de Collor. Youssef, no entanto, não detalhou como a propina chegou ao ex-presidente. Ele também não apontou nomes de diretores da BR Distribuidora que teriam participação no esquema. 


Fernando Collor de Mello afirma que não recebeu dinheiro de propina e não tem ligação nenhuma com Alberto Youssef. Ele admitiu, no entanto, que é amigo de Pedro Paulo Leoni Ramos.