O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, quer que já em março entrem em vigor as revisões extraordinárias de tarifas das distribuidoras e a revisão que a agência pretende realizar no sistema de Bandeiras Tarifárias, aumentando o repasse de valores às tarifas dos consumidores.
Segundo outro diretor da agência, Tiago Correia, a ideia é incluir no sistema de Bandeiras Tarifárias outras variações do custo da energia que não estão contempladas hoje -- como o risco hidrológico, a exposição involuntária e a variação do custo de Itaipu.
O sistema de Bandeiras Tarifárias usa cores para avisar os consumidores que a energia naquele mês está mais cara. Pelo o que está valendo hoje, bandeiras vermelhas indicam o custo mais alto e acrescentam 3 reais a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos na tarifa.
Com a revisão do sistema, esse valor deve subir, mas a Aneel não estimou em quanto.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, somente a elevação do preço da energia de Itaipu aprovado ano passado, de 46 por cento, pode ter um impacto de cerca de seis pontos porcentuais nas tarifas das distribuidoras do Sudeste.
Nesta terça-feira, a Aneel aprovou os primeiros reajustes tarifários do ano, que já fazem sentir o impacto do repasse às tarifas do pagamento dos empréstimos de 17,8 bilhões de reais obtidos no ano passado junto aos bancos para ajudar as distribuidoras a cobrir despesas de curto prazo.
O maior impacto do pagamento dos empréstimos foi na CPFL Jaguari, de 18,5 pontos percentuais, dentro de um reajuste médio de 45,7 por cento. No caso da CPFL Mococa, que teve reajuste médio de 29,28 por cento, o impacto do pagamento dos empréstimos foi de 12,7 pontos porcentuais, segundo a Aneel.