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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Desinformados, deputados discutem projeto que não existe

zzsilvana






Durante um bom tempo, na sessão desta manhã na Assembleia Legislativa, alguns deputados discutiram um projeto que ainda não existe na Casa. A deputada Silvana Oliveira (PMDB) começou o seu pronunciamento dizendo que votaria contra o projeto que teria sido apresentado pelo líder do Governo, deputado Evandro Leitão, para liberar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol, como aconteceu na Copa do Mundo.
Outros deputados foram na onda da deputada Silvana. Nenhum deles teve o cuidado, sequer, de saber quando o tal projeto teria sido apresentado e onde, agora, ele estaria, para se inteirar do seu teor. Bastaria pedir a qualquer servidor do Departamento Legislativo, à disposição dos deputados no plenário da Casa, e saberia da sua não existência.
Como a deputada Silvana Oliveira, outros deputados presentes no Plenário 13 de Maio criticaram a medida e chegaram a defender o uso de bafômetros durante jogos de futebol no Estado. “Não se pode querer liberar a venda de bebida alcoólica como se fosse na Copa do Mundo, ali era outro público. O descontrole se fará se isso for liberado, porque o público é outro”, afirmou o deputado Fernando Hugo.
Para Audic Mota (PMDB), o retorno da venda de bebidas alcoólicas nos estádios é “um retrocesso social”, defendendo que há uma preocupação da sociedade com esse tema. Ele chegou a dizer que dentro dos estádios há uso de drogas, principalmente pelas torcidas organizadas.
A deputada Mirian Sobreira (PROS) disse que o álcool está acabando com a juventude brasileira, e disse que será contra qualquer política de consumo da bebida no Estado. “Qualquer projeto ou propaganda que incentive o uso do álcool eu serei contra”, disse a parlamentar, que foi indicada pelo governador Camilo Santana como secretária especial de Políticas sobre Drogas. De acordo com a assessoria do deputado Evandro Leitão, a proposta ainda está em análise no gabinete do parlamentar, mas ainda não há qualquer tramitação.
Fonte: Edson Silva/Diário do Nordeste