Há três anos parte da grade curricular da escola Luiza Bezerra de Sousa, em Iguatu, sofreu uma transformação. Aulas tiveram os livros didáticos substituidos pelos versos populares da literatura de cordel.
O processo é simples. Através de uma aula de campo, observado a natureza ao redor, os estudantes anotam suas perspectivas do ambiente, para depois, retonarem à sala de aula, continuando a imersão no meio ambiente através de fotografias. Desse processo, os alunos iniciam o trabalho de produzir os cordéis.
O projeto desenvolvido pela professora Rosânia Costa tem obtido resultados satisfatórios. A educadora destaca as aulas de campo como principal vetor de aprendizado, perpassando todas as disciplinas, apesar do trato inicial com o meio ambiente.
O cordelista e poeta Barbosa Filho afirma que a iniciativa está ajudando a formar novos poetas em Iguatu e não deixa o legado cordelista se perder. "Descobrimos vários poetas com talento próprio", destaca.
Após a dedicação dos alunos, os melhores textos passam por uma seleção e chegam até a publicação Prosa e Verso, inteiramente feita em cordel e distribuída para 12 municípios cearenses, além de Alemanha e Portugal.