Na primeira reunião com todos os ministros em seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff pediu austeridade nos gastos e ações para combater a corrupção no governo.
Com o corte de orçamento dos ministérios, a recomendação da presidente é que, mesmo com menos recursos, os ministros deem andamento aos projetos de suas pastas.
A presidente informou que enviará ao Congresso Nacional no próximo mês propostas para aperfeiçoar o processo de combate à corrupção, conforme promessa de campanha, “Defendemos um pacto nacional contra a corrupção que envolve todas as esferas de governo, de poder, tanto no ambiente público como no privado. Seremos implacáveis no combate aos corruptores e aos corruptos.”
Dilma acrescentou que o governo estimulará o debate sobre reforma política ainda no primeiro semestre deste ano. Ela recomendou que os ministros reajam a boatos e levem a posição do governo à opinião pública. “Sejam claros e precisos e se façam entender. Não podemos deixar dúvidas”, ressaltou.
A presidente destacou que o governo ampliará as concessões e autorizações ao setor privado de rodovias, portos e aeroportos, além de realizar concessões em outras áreas, como hidrovias e dragagem de portos. Outro anúncio foi o do lançamento de um programa de desburocratização das ações do governo.
Dilma voltou a defender a Petrobras, afirmando que a apuração e as punições devem ocorrer “com rigor”, mas sem deixar de acreditar na “mais brasileira das empresas”, a mais estratégica, que mais contrata e investe no país.
Em referência às empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a presidenta recomendou que as empresas essenciais para o Brasil não devem ser destruídas. “Punir, ser capaz de combater a corrupção, não pode significar a destruição de empresas privadas. As empresas têm de ser preservadas. As pessoas culpadas é que têm de ser punidas.”
Dilma pediu aos ministros que trabalhem para dar sequência ao projeto político implantado desde seu primeiro mandato. Para ela, o governo deverá ser, ao mesmo tempo, de continuidade e mudanças.
(Agência Brasil)