Dos 184 municípios cearenses, 96% já decretaram situação de emergência – o correspondente a 176 cidades do Estado. O motivo é um problema que assola o Ceará há décadas e que, até agora, já foi diagnosticado como o pior dos últimos 55 anos: a seca. Durante a 100° reunião do Comitê Integrado de Combate à Estiagem, realizada nesta segunda-feira (24), o secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, disse que os cearenses devem se preparar para o pior.
“Nós estamos vivendo o fenômeno do El Niño e dependemos se ele vai ser fraco ou moderado. Mas nós temos que nos preparar para a pior situação”, alerta.
O fenômeno El Niño, que pode seguir até abril de 2015, provoca o aquecimento das águas do Pacífico, o que faz com que as chuvas no Nordeste sejam mais escassas. Para enfrentar a situação no Ceará, o secretário ressaltou as ações feitas para atender os cearenses vítimas da seca.
“Ampliamos muito a perfuração de poços. Atualmente, perfuramos 100 poços por mês e ampliamos muito as cisternas e as adutoras. Já existe um plano em andamento e o que nós temos que fazer é ampliar essas ações”, afirmou.
Francisco Teixeira, ministro da Integração Nacional, também reforçou as medidas do governo para o combate à falta de água. Segundo ele, três tipos de ações estão sendo postas em prática para minimizar os efeitos ocasionados pela seca: ações emergenciais, através da utilização de carros-pipas, atendimento à população e obras estruturantes, como o projeto de integração do Rio São Francisco.
“O projeto de integração do São Francisco está 67,5% implantado, com a previsão de a gente atingir 70% até o final de dezembro. Estamos ainda com cerca de 11 mil trabalhadores na obra e 4 mil equipamentos, conseguindo manter um ritmo que nos permite atingir o planejamento de até o final de 2015 concluir as obras nos eixos norte e leste”, enfatiza o ministro.
