A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) ajuizou ação cautelar contra o Governo do Estado, nesta sexta-feira, 24, por abuso de poder político, com base nas informações de que, durante a votação do primeiro turno das eleições, viaturas da Polícia Militar ficaram paradas, com deslocamento apenas após serem acionadas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
O procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado, solicitou à Justiça Eleitoral que determine que o Estado não mantenha viaturas paradas por tempo superior a 15 minutos em ponto-base. O procurador também quer que seja determinado ao Estado que comunique de imediato ao representante do Ministério Público Eleitoral designado para funcionar junto ao Ciops sobre qualquer ocorrência de desligamento de viatura, devendo esclarecer local e motivo.
As denúncias de que viaturas da Polícia Militar ficaram estacionadas em Fortaleza e na região metropolitana durante parte da votação no dia 5 de outubro, fato que, geraram polêmicas nas duas principais campanhas políticas do Estado.
Enquanto o grupo ligado ao candidato Eunício Oliveira (PMDB) acusa o governador Cid Gomes (Pros) de perseguir policiais e utilizar a máquina pública para beneficiar o candidato Camilo Santana (PT); pessoas ligadas ao governador e à candidatura petista acusavam o deputado eleito Cap. Wagner (PR) de comandar “milícia” dentro da PM.
Por causa da situação, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará solicitou tropas federais para atuar em municípios do Estado. Cerca de 2.500 homens serão distribuídos por 13 cidades cearenses.