Ao criticar o discurso de Marina Silva (PSB) de que vai governar com os melhores quadros de todos os partidos, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, não cogitou a hipótese de o PSDB ceder nomes para um eventual governo da ex-senadora.
Após ser alçada à cabeça de chapa do PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos, Marina desbancou o senador tucano do segundo lugar das intenções de voto e pode ameaçar sua ida para o segundo turno da disputa presidencial.
— Ou vencemos as eleições e seremos governo, ou perdemos as eleições e seremos oposição.
Ele reiterou a "preocupação" com um possível governo de Marina Silva, que dê prioridade a pessoas, sem levar em conta a relação institucional entre os partidos.
Na entrevista, Aécio fez questão de lembrar que a ex-senadora Marina Silva não apoiou o tucano José Serra nas eleições passadas, vencidas pela presidente petista Dilma Rousseff.
— Lamentei muito ela não ter apoiado no segundo turno [o Serra], talvez hoje não estivéssemos nessa situação. As pessoas precisam saber que não é uma eleição para homenagem, é para virada consistente sem riscos.
Petrobras
O candidato do PSDB afirmou durante sabatina que, caso eleito, irá "tirar a Petrobras da política", acrescentando que o pré-sal "é um tesouro que nós temos". Segundo ele, o Brasil perdeu um tempo enorme nos últimos cinco anos neste setor, pois foram investidos US$ 300 bilhões no mercado de petróleo e nada no País.
— Vou tirar a Petrobras da política, [a companhia] vai ser ocupada por quadros qualificados.
O tucano afirmou ainda que o Brasil perdeu tempo enorme, do período de transição dos modelos de concessão, ressaltando que "o que está hoje produzindo no pré-sal começou a ser produzido no governo FHC".
Questionado sobre quais medidas amargas poderiam ser tomadas pelo seu governo para a retomada do crescimento econômico, respondeu que o governo atual já fez todas as medidas amargas.
— Foram tomadas por esse governo que fez [a economia] desandar. O meu governo será da previsibilidade.
Indagado sobre as primeiras ações de seu eventual governo nessa área, citou a "simplificação do sistema tributário".
Fonte: R7