Uma semana após a falta de médico plantonista na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Quixadá, o episódio volta a se repetir, dessa vez
no Hospital Municipal Eudásio Barroso. Para agravar ainda mais a crise
na assistência hospitalar um paciente teve óbito numa das enfermarias do
Hospital Municipal, neste domingo, 27. Não havia médico para confirmar a
morte clinicamente. Conforme um servidor que pediu para não ter seu
nome revelado, a equipe plantonista ficou desesperada com a falta do
médico plantonista.
Além da dificuldade para certificação do óbito, cuja causa da morte
não foi revelada, alguns pacientes foram transferidos para o Hospital
Municipal Pontes Neto, em Quixeramobim. Um paciente, com escoriações e
suspeitas de fratura, informou não haver médico traumatologista no
Eudásio Barroso e por esse motivo foi encaminhado para a cidade vizinha.
No dia anterior, 26, outro médico não havia comparecido para o
plantão na UPA. A situação foi constatada pelo vereador Higo Carlos.
Segundo ele o atendimento só foi normalizado porque mediante a sua
reclamação a secretária de Saúde do Município, Selene Bandeira,
requisitou um substituto em caráter de urgência, mediante compromisso
formal à coordenadora da 8ª Célula Regional de Saúde (Ceres), Benedita
de Oliveira, acrescentou o vereador.
Ao assumir o cargo na semana passada, a secretária de Saúde de
Quixadá, Selene Bandeira, reconheceu a crise municipal na sua área e se
prontificou a solucionar pelo menos 90% dos problemas no prazo de 45
dias. Para esta semana está programada a licitação para aquisição de
medicamentos e também a avaliação financeira de sua Secretaria. Haverá
necessidade de corte de servidores.