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quinta-feira, 27 de março de 2014

Papa Francisco aceita renúncia do chamado "bispo do luxo"

O Bispo do luxo
O papa Francisco finalmente aceitou a renúncia do bispo da diocese alemã de Limburgo, Franz-Peter Tebartz-van Elst, que havia sido afastado temporariamente de seu cargo após a divulgação de suas excessivas despesas, como a construção de uma suntuosa residência episcopal.
 
O escritório de imprensa do Vaticano comunicou que a Congregação dos bispos, após estudar o relatório da comissão criada para conhecer os fatos, decidiu que "Tebartz-van Elst não tinha mais condições de exercer sua função adequadamente".

Diante deste fato, o papa Francisco aceitou a renúncia apresentada pelo chamado "bispo do luxo" no último dia 20 de outubro e, inclusive, nomeou Manfred Grothe como administrador da diocese.

A nota acrescenta que, "quando chegar o momento", Tebartz-van Elst receberá outra acusação.

Além de ter nomeado outro administrador, o papa Francisco também pediu aos fiéis da diocese de Limburgo acolherem sua decisão com sossego e com o compromisso de querer encontrar um clima de caridade e de reconciliação.

No passado 20 de outubro, o papa argentino chegou a receber no Vaticano o bispo de Limburgo, que estava há vários dias em Roma para poder explicar sua versão dos fatos, mas acabou pondo seu cargo à disposição do pontífice.

O caso explodiu depois que a imprensa alemã denunciasse o luxuoso estilo de vida do prelado e, principalmente, o custo das obras de sua nova residência episcopal, que superavam os 31 milhões de euros, frente aos 5,5 milhões inicialmente anunciados.

A luxuosa residência conta, entre outras coisas, com uma banheira no banheiro pessoal do bispo de 15 mil euros e um refeitório de 63 metros quadrados, avaliado em quase 3 milhões de euro, despesas que contrariam o estilo simples e humilde defendido por Francisco.

Após a grande repercussão do caso, o papa Francisco tomou a decisão de afastar o bispo e criar uma comissão para traçar uma "profunda análise sobre a construção da sede episcopal".

A polêmica ligada ao caso foi tanta que motivou até um pronunciamento da chanceler alemã, Angela Merkel, que qualificou o gesto do "bispo do luxo" como uma "grande carga" para os católicos.