O pai do bebê de 7 meses morto no Morro do São Carlos, no Estácio, no
Centro do Rio, aguardava por volta das10h desta quarta-feira (26), no
Instituto Médico-Legal, também no Centro, a liberação do corpo da
criança. A babá dele foi presa suspeita do crime. Muito abalado, Luiz
Henrique Soares dos Santos, de 24 anos, disse que
está "com o coração saindo pela boca" desde que recebeu a notícia da
morte do filho. O bebê foi enterrado na tarde desta quarta, no cemitério
do Catumbi, Centro.
O bebê Paulo Henrique Cesário dos Santos foi morto na noite de
terça-feira (25). Suspeita de matar a criança, a babá Ingrid de Carvalho
Cristiano, de 20 anos, foi presa em flagrante e levada para a 17ª DP
(São Cristóvão). De acordo com a polícia, ela teria confessado o crime e
justificado que "não aguentava o choro" da criança. Ingrid foi autuada
por homicídio doloso qualificado — quando há intenção de matar e por
motivo fútil.
“Ela era conhecida de longe. Foi indicada pela colega da minha esposa
como babá. Ela olhava outras crianças na casa dela. Ela morava perto da
minha casa, era vizinha", afirmou o pai, acrescentando que a mulher,
Natalie Fernandes Cesário, de 31 anos, está "inconsolável".
O enterro de Paulo Henrique Cesário dos Santos será às 14h30 desta terça-feira no Cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.
Luiz Henrique disse que espera agora que a "justiça seja feita". "A vida
vai ser difícil, foi tudo planejado [o bebê]. Infelizmente, vamos tocar
nossa vida porque tenho outro bebê para tomar conta. Tenho que viver
com isso. Com o tempo a gente vai se acostumando. Deus queira que a
justiça seja feita. Deus é maior", lamentou.
De acordo com a PM, Ingrid Carvalho Cristiano confessou o crime na
17ª DP, onde o caso foi registrado. Ela foi presa por policiais
militares do 4º BPM (São Cristóvão). De acordo com a polícia, Ingrid
teria jogado a criança no chão e, em seguida, dado cotoveladas e pisado
em seu pescoço. Ainda segundo a PM, ela alegou que estava cansada de
ouvir o choro do bebê.
Dezenas de curiosos se aglomeravam na porta da unidade policial na
manhã desta quarta e gritaram "assassina", quando a suspeita saiu do
local. Ingrid não esboçou reação e não quis falar sobre o crime. Da
delegacia ela foi levada para o Instituto Médico-Legal para exames de
corpo de delito. Em seguida, ela deve ser encaminhada para o sistema
penitenciário do estado.
Conforme as informações da PM, após o crime, a mãe do bebê e a suspeita
levaram, juntas, o corpo de Paulo até o Hospital Central da Polícia
Militar (HCPM). Da unidade, ambas foram levadas para a delegacia para
prestarem depoimento.
Criança morta |
Enterro da criança |
A assassina |