Páginas

quinta-feira, 27 de março de 2014

'Coração saindo pela boca', desabafa pai de bebê assassinado no Rio

O pai do bebê de 7 meses morto no Morro do São Carlos, no Estácio, no Centro do Rio, aguardava por volta das10h desta quarta-feira (26), no Instituto Médico-Legal, também no Centro, a liberação do corpo da criança. A babá dele foi presa suspeita do crime. Muito abalado, Luiz Henrique Soares dos Santos, de 24 anos, disse que está "com o coração saindo pela boca" desde que recebeu a notícia da morte do filho. O bebê foi enterrado na tarde desta quarta, no cemitério do Catumbi, Centro.

O bebê Paulo Henrique Cesário dos Santos foi morto na noite de terça-feira (25). Suspeita de matar a criança, a babá Ingrid de Carvalho Cristiano, de 20 anos, foi presa em flagrante e levada para a 17ª DP (São Cristóvão). De acordo com a polícia, ela teria confessado o crime e justificado que "não aguentava o choro" da criança. Ingrid foi autuada por homicídio doloso qualificado — quando há intenção de matar e por motivo fútil.

“Ela era conhecida de longe. Foi indicada pela colega da minha esposa como babá. Ela olhava outras crianças na casa dela. Ela morava perto da minha casa, era vizinha", afirmou o pai, acrescentando que a mulher, Natalie Fernandes Cesário, de 31 anos, está "inconsolável".

O enterro de Paulo Henrique Cesário dos Santos será às 14h30 desta terça-feira no Cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.

 Luiz Henrique disse que espera agora que a "justiça seja feita". "A vida vai ser difícil, foi tudo planejado [o bebê]. Infelizmente, vamos tocar nossa vida porque tenho outro bebê para tomar conta. Tenho que viver com isso. Com o tempo a gente vai se acostumando. Deus queira que a justiça seja feita. Deus é maior", lamentou.

De acordo com a PM, Ingrid Carvalho Cristiano confessou o crime na 17ª DP, onde o caso foi registrado. Ela foi presa por policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão). De acordo com a polícia, Ingrid teria jogado a criança no chão e, em seguida, dado cotoveladas e pisado em seu pescoço. Ainda segundo a PM, ela alegou que estava cansada de ouvir o choro do bebê.
 
Dezenas de curiosos se aglomeravam na porta da unidade policial na manhã desta quarta e gritaram "assassina", quando a suspeita saiu do local. Ingrid não esboçou reação e não quis falar sobre o crime. Da delegacia ela foi levada para o Instituto Médico-Legal para exames de corpo de delito. Em seguida, ela deve ser encaminhada para o sistema penitenciário do estado.

Conforme as informações da PM, após o crime, a mãe do bebê e a suspeita levaram, juntas, o corpo de Paulo até o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). Da unidade, ambas foram levadas para a delegacia para prestarem depoimento.

Criança morta

Enterro da criança

A assassina