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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Naufrágio de canoa mata sete pessoas da mesma família por negligência

Onze pessoas em uma canoa motorizada com capacidade para cinco. Apenas uma usava colete salva-vidas e só duas sabiam nadar. O condutor conhecia o básico sobre os comandos da embarcação, mas não era habilitado para pilotar o veículo. O resultado da sequência de negligências foi uma tragédia: sete mortes — quatro crianças, uma adolescente e dois homens perderam a vida na tarde do último sábado (22), quando a canoa virou e eles se afogaram nas águas do Rio Corumbá. Os 10 passageiros eram parentes, visitando a chácara da matriarca da família no município goiano de Luziânia (GO). A residência fica a pouco mais de 90 quilometros de Brasília.

A família, a maioria moradora de Santa Maria, fazia uma visita à avó, que não teve o nome revelado. Ela havia comprado um sítio no Condomínio Júnior Favila. O lote fica às margens da Barragem III do Rio Corumbá, em Luziânia. Segundo parentes das vítimas, o grupo planejava se divertir na água. Porém, por volta das 15h, um vizinho, Januário Silva dos Santos, 53 anos, se ofereceu para levar o grupo em um passeio de canoa. De acordo com o que Joseane da Silva, 24 anos, uma das sobreviventes, contou à polícia, a tragédia aconteceu quando o proprietário do barco fez uma curva brusca. A água invadiu o veículo e a maioria dos tripulantes correu para o outro lado. Com o desequilíbrio, a canoa teria virado.

O condutor contou outra versão para o Corpo de Bombeiros de Goiás. De acordo com Januário, um dos adultos, embriagado, teria brincado com a adolescente Sara da Silva, 16 anos, e jogado água nela. A menina, irritada, teria ficado em pé na canoa, que, desequilibrada, virou. A perícia da Polícia Civil esteve ontem durante todo o dia no local, e o laudo da tragédia deve ficar pronto em até 60 dias.