A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado em ataque a um ônibus em São Luís,
morreu às 6h45 desta segunda-feira (6), segundo informações da
Secretaria de Saúde do Maranhão. O ataque ao ônibus ocorreu na
sexta-feira (3). Ana Clara estava com a mãe e a irmã, na Vila Sarney,
quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados.
A irmã de Ana Clara, de 1 ano e 5 meses, permanece internada no
Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos. Ela teve queimaduras em 20%
do corpo, mas o seu quadro é considerado estável e está fora de perigo. A
mãe das crianças, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado e permanece
internada no Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho.
Além delas, uma mulher de 35 anos está internada no Hospital Geral com
queimaduras de segundo grau no abdome e no braço direito, com quadro
considerado estável. Já o homem de 37 anos que teve 72% do corpo
queimado no ataque segue em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) do Tarquínio Lopes Filho.
A onda de ataques que vitimou Ana Clara Santos Sousa começou depois
de uma operação realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no
Complexo de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades
prisionais do estado.
Na quinta (2), dois presos foram encontrados mortos em Pedrinhas. Em 2013, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) entregue em 27 de dezembro, 60 detentos morreram nos presídios do
Maranhão.
Nos ataques de sexta, quatro ônibus foram incendiados na Vila Sarney,
na Avenida Kennedy, no bairro João Paulo e na Avenida Ferreira Gullar.
Além disso, duas delegacias foram alvo de tiros em São Luís, no São
Francisco e na Liberdade.
