Na tarde desta quarta-feira (29) o gerente do escritório local da Cagece, Sérgio Almeida concedeu importante entrevista para a imprensa acopiarense.
Vejam a entrevista:
|
Sérgio Almeida, Gerente da Cagece de Acopiara |
Wilson Filho (Rádio Carinhosa AM): Como é que a cagece fará para religar a adutora Raimundo Morais?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): O açude Raimundo Morais vai ser utilizado agora como complemento ao abastecimento de Acopiara até que alguns ajustes sejam providenciados e concluídos no sistema do açude Trussu. Hoje nós temos uma vazão de aproximadamente 120 a 122 metros cúbicos de água por hora na adutora do açude Trussu. É uma vazão que ainda está aquém do que é necessário para o pleno abastecimento da cidade de Acopiara. Então o que antes a gente utilizava do açude Raimundo Morais que passou três meses abastecendo a cidade, nós vamos utilizar agora como um complemento em atendimento à demanda da cidade até que os ajustes no açude Trussu sejam feitos. Quando tivermos a vazão para o total abastecimento de Acopiara, aí sim passaremos a utilizar somente o sistema do Trussu.
Wilson Filho (Rádio Carinhosa AM): Como é que vai ser esse complemento do açude Raimundo Morais para Acopiara?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Uma vazão para o pleno atendimento de Acopiara é algo em torno de 190 metros cúbicos de água por hora. Nós hoje temos 120 metros cúbicos. Então utilizaremos algo em torno de 70 metros cúbicos por hora do açude Raimundo Morais. Como eu disse, provisoriamente até numa questão de atender os anseios da família Morais que tem uma preocupação com os afazeres da propriedade e gostaria de externar nossos agradecimentos á família que tem nos ajudado muito nessa empreitada em levar água para as residências de Acopiara.
Roberto Nunes (Rádio Lajes FM): O que a Cagece pretende fazer para levar o abastecimento pleno de água à toda população de Acopiara?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Todo o equipamento de uma adutora após sua conclusão passa por ajustes. Tudo após a entrega da conclusão se faz necessário ajustes para que depois o equipamento passe a funcionar da forma como for idealizado. Uma adutora como foi feita em caráter emergencial, uma obra de grande porte, uma obra importantíssima para salvar Acopiara de um colapso de abastecimento, ela deveria ter passado por uma operação assistida como se faz com uma adutora de caráter definitivo. Como nós temos um equipamento feito em caráter emergencial, essa etapa de operação assistida obrigatoriamente foi pulada, assim como foi em Tauá, Crateús e outras cidades que receberam adutoras emergenciais. Não é um fato que ocorreu somente em Acopiara. Então o que seria uma operação assistida justamente nestas fases de ajustes? Ajustes nas estações elevatórias, monitoramento para questão de vazamentos, alguma necessidade de melhoria que possa vir a existir. Esse mês de fevereiro, até final do mês ou até antes vamos trabalhar esses ajustes juntamente com a Cogerh, que atualmente é a responsável pela adutora, ainda não foi repassada para a Cagece, mas a Cagece está trabalhando lado a lado para garantir o abastecimento da cidade de Acopiara.
Roberto Nunes (Rádio Lajes FM): A espessura do cano da adutora emergencial do açude Trussu e os ajustes feitos na mesma são suficientes para garantir um amplo abastecimento de água para Acopiara nos próximos três meses?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): O diâmetro da adutora por ser um material resistente aguenta uma vazão e uma pressão necessária para o abastecimento de Acopiara.
Wilson Filho (Rádio Carinhosa AM): Quando irão trabalhar novamente as duas adutoras emergenciais do Raimundo Morais e do Trussu e qual volume de recarga d'àgua recebido pelo açude Morais nas últimas chuvas?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Oficialmente não tenho essa informação, mas sabemos que o açude recebeu um grande volume de água. Esse monitoramento é feito pela Cogerh. Conforme a autorização de Dona Margarida Morais nesta quinta-feira (30) a Cagece já estará ligando a adutora dando esse complemento no abastecimento da cidade.
Roberto Nunes (Rádio Lajes FM): Foi retirado algum equipamento da adutora Morais?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Continua tudo do mesmo jeito e está na condição de chegar lá e ligar para o total funcionamento.
Wilson Filho (Rádio Carinhosa AM): Sobre a barragem Dr. Tibúrcio Soares que abastecia Acopiara, o desassoreamento da barragem, ou seja, a retirada de bastante barro, detritos e terra acumulados fazendo com que a mesma fique com menor volume de água, o que a Cagece tem a dizer sobre isso?
Sérgio Almeida (Gerente Almeida): Esse não é mérito da Cagece de tratar sobre os recursos hídricos. Preferimos não entrar nesse assunto, porque isso é da esfera da Cogerh. O que a gente procura é sempre buscar contato com a Cogerh e informar quando há necessidade de alguma intervenção. Acredito que em relação ao desassoreamento do manancial a Cogerh já deva ter alguma coisa pensada, mas eu não devo afirmar até porque é algo que foge à esfera da Cagece. A Cagece é uma empresa de saneamento e abastecimento de água e esgotamento sanitário e a questão dos mananciais é algo mais relacionado à recursos hídricos.
Roberto Nunes (Rádio Lajes FM): Lá para a primeira quinzena de fevereiro deverá estar tudo normalizado, qual a orientação para a população principalmente os que moram na periferia, em lugares mais altos onde a água há dias não chega?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Nós temos procurado trabalhar a questão das manobras de rede em Acopiara, de forma há possibilitar chegar água nos pontos mais distantes. Isso está sendo muito difícil acontecer, talvez agora com a retomada do funcionamento da adutora do Raimundo Morais para fazer com que a água chegue a contento nas residências e não custa nada reforçar que as pessoas economizem água, façam uso sa água de forma racionalizada preservando cada vez mais a garantia do abastecimento. Hoje estamos trabalhando na sistemática de cobrança pelo consumo real, as pessoas não pagam mais aquela tarifa mínima. Se a água não chegar nas residências a conta vem zerada e as pessoas tem consciência disso, mas independente disso é importante que as pessoas tenham consciência do uso racional, principalmente pelas pessoas que estão situadas em regiões da cidade onde o abastecimento se dá de forma regular. Na região mais central a água chega com mais frequência , então aquelas pessoas que recebem a água com mais frequência que façam uso da água de forma mais moderada para que a mesma possa chegar para todo o mundo.
Wilson Filho (Rádio Carinhosa AM): Sua mensagem para o povo de Acopiara?
Sérgio Almeida (Gerente Cagece): Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos que tem trabalhado junto com a Cagece, agradecer também a compreensão da população de Acopiara, é algo que gratifica bastante a educação, o trato que as pessoas tem conosco. É uma situação difícil mas as pessoas tem consciência das dificuldades, as pessoas veem o principal manancial de abastecimento da cidade completamente exaurido, então sabem da dificuldade que é abastecer uma cidade deste porte, onde o principal supridor está sem água. A gente tem buscado trazer água de outras fontes isso é realmente difícil, mas as pessoas tem devida compreensão. Quem acompanha jornais sabe de casos de locais onde houveram depredações de escritórios da Cagece e Acopiara a gente vê que as pessoas realmente tem um nível de educação bastante diferenciado. Então é isso que eu gostaria de agradecer a compreensão de todos e pedir para que nós continuemos trabalhando juntos para ir enfrente.