No Brasil, após um ano de mudanças rígidas na lei seca, o número de acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) também mudou. Foi comprovada uma diminuição de 6%nos acidentes relacionados com o consumo de álcool no primeiro semestre desse ano, se comparado com o mesmo período de 2012.
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As principais alterações foram: nenhuma tolerância para ingestão de álcool, aumento da multa de R$957 para R$1.915 - podendo chegar até R$3.830 em casos de reincidência -, e a possibilidade de usar vídeos para comprovar embriaguez.
O caso mais frequente nas estradas federais relacionado ao consumo de bebida alcoólica é a colisão traseira. Foram 417 ocorrências nos primeiros seis meses desse ano, 17,8% a menos que no ano passado. Saídas da pista (-4,2%) e colisão lateral (-12,5%) também apresentaram uma diminuição.
Para Stênio Pires, coordenador-geral de operações substituto da PRF, o impacto mais forte foi na sensação de impunidade das pessoas. "O cidadão podia dirigir alcoolizado, se negar a fazer o teste do etilômetro, e recebia apenas uma autuação e tinha a CNH recolhida, ou seja, ele não era autuado por crime. Agora, não, a sensação de impunidade caiu drasticamente no meio da população”, analisou.
Atualmente, tramitam no Senado novas regras de trânsito que podem endurecer ainda mais as punições. A proposta multiplica em até 10 vezes o valor das multas fixadas pelo Código de Trânsito, e deixa claro que, em casos de repetição do erro em menos de um ano, esses valores podem ser dobrados.
