Apenas 40% do rebanho bovino e bubalino do Ceará foi vacinado e apenas 35% das propriedades do estado foram imunizadas contra a febre aftosa. Os dados são da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri).
Os números foram apresentados na tarde desta terça-feira (26). “Nossa meta é superar 95% de vacinação dos animais e imunizar 80% das propriedades”, lembrou o coordenador estadual da campanha de combate à febre aftosa, Joaquim Sampaio.
Até o momento, o município que mais vacinou o rebanho foi Piquet Carneiro, no Centro Sul cearense, alcançando um índice de aproximadamente 75% de imunização. O que menos vacinou foi Cruz, no Litoral Oeste, com menos de 6%. “O produtor tem até o dia 30 de novembro para comprar a vacina em lojas credenciadas pela Adagri e realizar a vacinação, após esta data a fiscalização agropecuária vai às propriedades que não vacinaram para aplicar a multa determinada pela legislação”, afirmou o presidente da Adagri, Augusto Júnior.
O secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, apelou para que os produtores possam vacinar o rebanho o mais rápido possível. “Precisamos da parceria dos produtores rurais nesta campanha de vacinação, pois atingir o índice de vacinação previsto vai permitir ao Ceará entrar na zona livre internacional de febre aftosa com vacinação”, destacou.
O Ceará foi reconhecido como zona livre nacional de aftosa com vacinação e pleiteia o reconhecimento internacional, que deve acontecer em maio de 2014. “Para isso, os nossos produtores precisam continuar vacinando o rebanho”, conclamou o secretário.
A dose da vacina continua com preço médio de R$ 1,50. A multa para quem não vacinar o rebanho é de R$ 15,20 por cabeça. Depois de vacinado o rebanho, os produtores devem procurar as unidades locais da Adagri, as Prefeituras ou os escritórios da Ematerce para declarar a vacinação. Após 30 de novembro, a Adagri realizará visitas às propriedades rurais do Ceará para fiscalizar quais vacinaram o rebanho.
A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. O animal infectado apresenta feridas na boca, nos lábios,tetas e nos cascos. Os bichos também se afastam do rebanho, babam, não comem e não bebem água.