Páginas

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

QUAIS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?

Qualquer bom estudioso da Ciência Política já se deparou com a reflexão de Nicolau Maquiavel que diz: OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS.

Nesse silogismo, Maquiavel reflete acerca da possibilidade de um militante político despir-se de valores éticos e morais para atingir os objetivos almejados.

Tal prática, comum e eficiente no Absolutismo da Península Itálica, onde o Rei (Príncipe) mandava e desmandava segundo seu humor e intenção, não adveio assaz para o exercício político dos tempos da Democracia.

Com o poder saindo das mãos únicas do Rei (Absolutismo) e passando para as mãos do povo (Democracia), cada vez mais se foi exigindo dos políticos uma postura coerente, séria e acima de tudo de respeito para com a inteligência de sua população.

Ex ante necessária e eficiente, hoje tal postura representa um risco elevado para o político que decide se utilizar desse expediente.

A Política, como Ciência, foi evoluindo e exigindo de seus atores uma adequação tal qual a imposta pela Lei da Seleção Natural, onde os mais fortes devem se adaptar às novas realidades para, assim, sobreviverem em seu meio. 

Hoje vivemos em uma plena democracia, onde o povo é o patrão e o político, Servidor Público primeiro, está OBRIGADO MORALMENTE a agir em coincidência com a seriedade do cargo que ocupa ou almeja. 

Valores conspurcados, tresloucados ideologicamente, impropriamente vendidos como ciência e que visam unicamente a mácula da verdade, afundam facilmente no descrédito e possuem obsolescência programada.

Aqueles que desejam vida longa na estrada política, almejando legar aos seus alguma obra, devem agir com retidão, seriedade, humildade e respeito para com sua sociedade.

Um homem público moderno, vivente nos tempos de Democracia, deve entender, ANTES E ACIMA DE TUDO, que se faz necessário o respeito para com o pluralismo de ideias; Deve entender que a ele não é devido rechaçar, amofinar e/ou ridicularizar qualquer entendimento contrário simplesmente pelo fato de sê-lo. 

Trazendo para nossa realidade, entendo que Acopiara precisa de um projeto de alto nível, impessoal e que vise o futuro, precisamos de homens públicos com respeito prioritário à verdade e não de propagadores de politicagens baratas, alimentadas por paixões recalcadas na insegurança.

Modestamente entendo que a ninguém e dado o direito, sob o vil pretexto do bem estar coletivo, de se sobrepor a valores morais e éticos visando unicamente a imposição cega de “sua” ideologia.

E como resposta para aqueles que ainda acreditam que ESSES fins justificam os meios, colaciono Mateus 7:6 – “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão."


Jonathas Pinho

ADVOGADO E CIDADÃO APAIXONADO POR ACOPIARA