O operador Róbson da Silva Alves, de 33 anos, e o filho, de 2 anos, foram encontrados mortos dentro de um carro no estacionamento de um motel, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (1º). De acordo com a Polícia Civil, no quarto utilizado pelo homem foram encontrados vestígios de droga e manchas de sangue.
Segundo relato de funcionários do estabelecimento à PM, Alves entrou no motel às 12h da segunda-feira (30). O local fica na Rua São Francisco do Piauí, próximo à Avenida Jacu-Pêssego. As testemunhas alegam que em nenhum momento notaram a presença de uma criança na companhia do hóspede.
Horas depois do check-in de Alves, um homem mais velho, que dizia ser pai do operador, foi até o motel procurá-lo. A recepcionista conta que entrou em contato com o hóspede através do telefone. Ela disse aos policiais que Alves atendeu e pediu para que ela negasse haver alguém no motel com o nome dele ou com as características procuradas.
Mais tarde, por volta da 0h30 desta terça-feira, funcionários passaram a tentar contato com o quarto de Alves para informar sobre a proximidade do fim do tempo de utilização do espaço, mas não tiveram sucesso. Eles afirmam que ninguém atendeu ao telefone ou respondeu aos chamados na porta.
No início da madrugada, quando o horário combinado já tinha se encerrado, a recepcionista resolveu entrar no quarto. Ela conta que encontrou manchas de sangue e vestígios do que seriam entorpecentes. Ao procurar o carro do hóspede na garagem, a funcionária encontrou o operador desacordado, no interior do veículo.
A polícia foi acionada e chegou ao local por volta das 2h. Ao abrirem a porta do carro, policiais encontraram Alves morto, deitado no banco traseiro. Sob o corpo do operador, estava o de seu filho, também já sem vida. De acordo com a PM, o operador apresentava um corte na região do pescoço.
A esposa de Alves já foi ouvida pela polícia e confirmou que o marido era usuário de drogas há pelo menos seis anos. O casal estava junto há 11 anos e, segundo ela, Alves não era uma pessoa violenta. A mulher afirma que ele costumava fazer o uso de entorpecentes na rua ou em motéis da região.
Róbson da Silva Alves era procurado pela Justiça, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. O crime pelo qual ele era acusado não foi revelado. O caso foi registrado no 63º Distrito Policial da capital paulista, na Vila Jacuí, como mortes suspeitas, mas será encaminhado ao 32º DP, em Itaquera, área do ocorrido.
Até as 13h desta terça, não havia informações sobre as circunstâncias da morte da criança ou se o motel contava com câmeras de segurança que possam ajudar na investigação do crime. Os corpos foram levados ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passarão por uma necropsia para precisar a causa das mortes. O laudo deve sair em até 30 dias.