A Câmara Municipal de Crato, no sul do Ceará, aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), a criação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
A primeira vai analisar as contas da própria casa, no período de 2005 a 2012, e a segunda pretende investigar a denúncia de compra e venda de votos que resultaram na reprovação, pelos vereadores, das contas da administração do ex-prefeito do município, Samuel Araripe. As contas do ex-prefeito foram desaprovadas por 14 dos 19 vereadores da casa, na semana passada. O advogado do ex-prefeito, José Boaventura Filho, preferiu não citar nomes e diz que vai aguardar o resultado das investigações. O atual prefeito, Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos, afirmou que não vai se pronunciar nesta terça sobre o caso.
Desde cedo, dezenas de pessoas se juntaram em frente e dentro da Câmara Municipal, com cartazes e faixas, em protesto contra a reprovação. Os manifestantes também pediam uma investigação sobre a denúncia de compra de votos. "A manifestação é pacífica. Queremos mostrar para a população do Crato os 14 vereadores corruptos que ganharam R$ 50 mil para denegrir a imagem do ex-prefeito, Samuel Araripe", explica Gorete Correa, presidente da Associação dos Sem-Teto.
Quando a sessão desta terça-feira foi iniciada, guardas civil e policiais militares reforçavam a segurança do plenário, enquanto manifestantes gritavam palavras de ordem. O vereador Raimundo Amadeu (PT), que a união dos vereadores nas ionvestigações e a interferência do Ministério Público do Ceará. "O Ministério Público precisa atuar, fazer a investigação devida para que os fatos sejam esclarecidos