Com um golaço de pé esquerdo e mais uma bela atuação, Neymar festejou um
fim perfeito de Copa das Confederações, nesta noite de domingo, no
Maracanã. O novo astro do Barcelona foi eleito o melhor jogador da final
diante da Espanha e, por tabela, o grande craque da competição.
Eleito o melhor jogador também dos três jogos que a seleção fez na fase
de grupos da competição, Neymar só não ficou com essa honraria pessoal
na semifinal diante do Uruguai, quando o goleiro Julio Cesar foi eleito o
melhor jogador em campo.
Desta forma, ele fechou a Copa das
Confederações com a Bola de Ouro do torneio, enquanto a Bola de Prata
ficou com Iniesta, seu futuro parceiro de Barcelona. Já a Bola de Bronze
foi dada a Paulinho, volante do Corinthians que também fez uma
excelente competição, na qual marcou o gol que deu a classificação do
Brasil para a final na vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai.
Dominada
pelo Brasil na final deste domingo, a Espanha teve como outro "prêmio
de consolação", além da Bola de Prata dada a Iniesta, a Chuteira de Ouro
concedida ao espanhol Fernando Torres. Ele terminou a competição como
artilheiro, com cinco gols, mesmo número atingido por Fred, que ficou
com a Bola de Prata.
Pelo regulamento da competição, quando há
empate no número de gols marcados entre dois jogadores, o primeiro
critério de desempate é o número de assistências. Torres e o jogador do
Fluminense também ficaram empatados neste quesito, com um passe feito
por cada um que resultou em gols. Desta forma, a eleição da Chuteira de
Ouro foi definida por meio do terceiro critério de desempate, que é o
menor número de minutos em campo. Este critério deu vantagem ao
espanhol, que jogou 273, contra 423 de Fred.
Já Neymar ficou com a
Chuteira de Bronze ao fechar a Copa das Confederações com quatro gols,
mesmo número atingido por Abel Hernandez, mas o brasileiro fez duas
assistências, contra apenas uma do uruguaio.
Na retomada com a
camisa da Seleção Brasileira, Julio Cesar foi eleito o melhor goleiro da
Copa das Confederações. Já a Espanha ficou ainda com o prêmio Fair
Play, dado para a equipe mais disciplinada.
Neymar
já estava consagrado há algum tempo como o melhor jogador do futebol
brasileiro na atualidade, mas ainda faltava brilhar com a camisa da
seleção. A campanha na Copa das Confederações, encerrada com o título
conquistado neste domingo, serviu para finalmente coroar o jovem craque
de 21 anos como o novo líder do time do Brasil.
A primeira
convocação de Neymar para a seleção foi logo depois da Copa do Mundo de
2010. Desde então, ele virou titular absoluto da equipe, seja sob o
comando de Mano Menezes ou de Luiz Felipe Scolari. Faltava, porém, uma
atuação consagradora com a camisa do Brasil, o que aconteceu agora
durante a disputa da Copa das Confederações deste ano.
Felipão
abriu mão de convocar antigos astros como Ronaldinho Gaúcho e Kaká,
apostando em Neymar para ser o grande destaque da seleção. O garoto não
se intimidou: pediu logo a camisa 10, a mais emblemática do futebol
brasileiro. E correspondeu às expectativas dentro de campo, com atuações
decisivas em todos os jogos.
Finalmente vendido ao Barcelona,
pouco antes de começar a Copa das Confederações, Neymar pôde se
concentrar na Seleção. Na grande final deste domingo, no Maracanã, ele
infernizou a defesa rival e também fez um golaço na vitória sobre a
Espanha. Assim, comemorou seu primeiro título com a camisa da Seleção
principal e mostrou que é mesmo o principal jogador do futebol
brasileiro.
Após
ter sido vaiada na abertura da competição, em Brasília, a presidente
Dilma Rousseff preferiu não ir ao Maracanã na final, mas emitiu nota ao
grupo: "Envio meus parabéns a todos os jogadores e à equipe técnica da
nossa seleção pela conquista do tetracampeonato da Copa das
Confederações. Nossos atletas mostraram alegria, criatividade, espírito
de equipe e união que conquistaram todos os brasileiros"
A
imprensa da Espanha se rendeu ao futebol brasileiro após a derrota no
Maracanã. O jornal "Marca", de Madri, definiu a vitória da seleção como
um "Maracantazo" em referência à derrota brasileira na final no Mundial
de 1950. O "As" afirmou que jogo mostrou o "melhor Brasil" e a "pior
Espanha"