Duas mulheres foram atropeladas na BR-251 por volta das 7h de ontem ao
iniciarem protesto por melhorias no bairro onde moram, no entorno do
Distrito Federal. Segundo informações preliminares, os manifestantes
pedem mudanças no bairro Marajó, da cidade de Cristalina (GO), como
melhorias na iluminação e legalização de lotes.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, um Fiat Uno atropelou as
duas mulheres e fugiu do local. Elas morreram antes de receber
atendimento médico. Cerca de 400 pessoas participavam do protesto, que
interrompeu o fluxo de carros, formando 1km de congestionamento na
estrada. A perícia chegou ao local no final da manhã de ontem.
O
condutor do veículo fugiu do local e abandonou o carro alguns
quilômetros à frente. O veículo foi incendiado pelos manifestantes pouco
depois. Segundo a PRF, o motorista já entrou em contato e afirmou que
vai se apresentar à Polícia.
Essa é a terceira morte de
manifestantes por atropelamento. Em Ribeirão Preto, o estudante Marcos
Delefrate, 18, morreu e outras três pessoas ficaram feridas após um
veículo furar o bloqueio montado por manifestantes na avenida João
Fiúsa, área nobre da cidade.
Segundo testemunhas, o motorista
acelerou o veículo contra os manifestantes. O atropelador foi
identificado como sendo o empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37.
A Polícia pediu a prisão preventiva dele e o suspeito segue foragido.
Em
Belém (PA), a gari Cleonice Vieira de Moraes, 54, morreu na última
sexta-feira, após ter inalado gás lacrimogêneo lançado pela Polícia
Militar durante confronto com manifestantes no dia anterior. A vítima
trabalhava na limpeza noturna do centro de Belém quando foi atingida.
Após a explosão das bombas, a gari passou mal, teve uma parada cardíaca e
foi socorrida. A vítima tomava remédios controlados.