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sábado, 1 de dezembro de 2012

Justiça nega habeas corpus a advogados acusados de desviar indenizações


O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ/CE) negou o pedido de habeas corpus aos advogados alvos da “Operação Trairi Limpo IV” na última quarta-feira, 28. O recurso foi impetrado em favor de José Eloisio Maramaldo Gouveia Filho e Caroline Gondim Lima, suspeitos de desviar verbas de indenizações. Na ocasião, José Eloisio Maramaldo Gouveia Filho foi preso em Fortaleza e a advogada continua foragida. 

A negação do recurso foi uma decisão do desembargador João Byron de Figueiredo Frota. De acordo com o relatório dele, a prisão dos advogados é correta e necessária, uma vez que há nos autos provas incontestáveis sobre a ação criminosa, incluindo depoimentos das vítimas. 

Os dois advogados são acusados de integrarem uma quadrilha jurídica juntamente com os advogados Guilherme de Araripe Nogueira e Manoel Carneiro Filho. Segundo as investigações, entre os anos de 2009 e 2012, o grupo cometeu 21 crimes de apropriação indébita, o que resultou na retenção indevida de R$ 631.321,31. Foi constatado que os réus se apropriavam dos valores pertencentes às partes em até 90% das indenizações concedidas pelo Poder Judiciário. Além disso, comprovou-se que os acusados orientavam as partes a não revelarem o recebimento das indenizações, como forma de ocultar os crimes. 

Guilherme de Araripe Nogueira e Manoel Carneiro Filho também foram presos durante a operação, na última quarta. Com a decisão, a advogada Caroline Gondim Lima, que no dia das prisões estava em Brasília, continua sendo oficialmente procurada pela Justiça, o que pode resultar em sua prisão a qualquer momento.