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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

CHICLETE COM POTENCIAL DE REDUZIR TRANSMISSÃO DE COVID-19 É CRIADO


Cientistas desenvolveram um chiclete que pode ser capaz de diminuir a carga viral de pessoas infectadas pelo vírus Sars-CoV-2 e, por consequência, reduzir a transmissão de covid-19. Isso tudo porque os níveis do vírus estão elevados na saliva dos indivíduos contaminados.

A goma de mascar foi criada por uma equipe de pesquisadores lideradas por Henry Daniell, bioquímico da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, a partir da enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2), proteína que auxilia na entrada do vírus nas células humanas. No estudo, uma versão alternativa, cultivada em plantas, foi usada para neutralizar o vírus.

O ACE2 foi cultivado em plantas, assim como outro composto que possibilitasse que a proteína atravessasse a mucosa. O resultado desse material vegetal foi incorporado em uma pastilha — neste caso, uma goma de mascar no sabor canela.

Para testar a eficácia do produto, o time usou a técnica do esfregaço, em que a matéria orgânica é colocada sobre uma lâmina de vidro para passar por análise microscópica. Eles examinaram nasofaríngeos de pessoas infectadas com o novo coronavírus e outro vírus modificado, menos patogênico do que o Sars-CoV-2, mas ainda com a proteína spike.

Os cientistas observaram que o chiclete fez com que grande parte das partículas do vírus não contaminasse as células da amostra. O receptor da ACE2 foi bloqueado pela goma de mascar, que ligou-se à proteína spike, que ajuda na entrada do agente infeccioso nas células humanas.

A expectativa dos pesquisadores é que a pastilha seja barata por ser produzida com base em plantas e que seja administrada depois de testes clínicos. Alguns exemplos de uso são pacientes em consultórios odontológicos que retiram a máscara durante o atendimento e pessoas com infecção pouco conhecida, como destaca a revista Galileu.

Embora seja uma novidade impressionante, o produto ainda está em fase de análises. Grace C. Roberts, pesquisadora em virologia, ressaltou em um artigo publicado no site The Conversation que os testes aconteceram em condições laboratoriais específicas e sem o vírus completo, além da falta da simulação da temperatura e bactérias bucais.

A goma de mascar foi descrita em um artigo publicado no periódico científico Molecular Therapy no último dia 10 de novembro.

Fonte: Aventuras na História