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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Homem morre ao ingerir veneno guardado em garrafa de vodca

A polícia de São Vicente, no litoral de São Paulo, investiga o caso de um homem que morreu ao ingerir benzina pensando que era vodca no último sábado (17). De acordo com a polícia, a confusão de Marco Antonio Santos aconteceu porque o líquido estava armazenado em uma garrafa de vodca, dentro da geladeira da casa onde o homem morava com a irmã e o cunhado.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o UOL teve acesso, o cunhado relatou à polícia que usava o veneno para matar cupins. Ele disse que depois de aplicar a substância nas paredes na sexta-feira (16) teria guardado o restante em uma garrafa de vodca vazia e colocado dentro da geladeira para o líquido não "evaporar".

O cunhado contou que estava dormindo, no sábado (17), quando foi acordado pela vítima pedindo ajuda por estar passando muito mal. Santos relatou ter bebido a suposta vodca, que estava na geladeira, ao familiar.

Ao perceber o que havia acontecido, o cunhado deu um copo de leite para a vítima e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou o homem ao Hospital Municipal de São Vicente. Na unidade de saúde, ele fez lavagem estomacal e foi liberado.

Horas depois, ele voltou a vomitar. A irmã dele e o cunhado acionaram novamente a ambulância do Samu, que o levou de novo ao hospital, onde ele teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Ainda no depoimento, o cunhado afirmou que a vítima era alcoólatra e que estava morando com o casal depois de virar morador de rua. O corpo do homem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

O resultado das análises que indicarão a causa da morte deve sair em até 30 dias, segundo a polícia. Além das circunstâncias da morte, a polícia vai apurar se houve negligência no atendimento médico.

O caso foi registrado na Delegacia Sede de São Vicente como morte suspeita. Por telefone, o UOL não conseguiu falar com o delegado responsável pela investigação. A Secretaria Municipal da Saúde também foi questionada sobre o caso, mas não deu retorno até o fechamento da reportagem.

Fonte: Uol Notícias