Em fim de semana marcado por atos de violência, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, confrontou os criminosos em mensagem no Facebook. Ele postou foto ao lado de policiais com armas em punho e disse que não haverá recuo. Segundo Costa, a Polícia já tomou a ofensiva após os ataques.
Desde a noite de sexta-feira, 17, onda de crimes se espalhou por Fortaleza. Pelo menos três ônibus foram incendiados e houve tentativa de ataque contra um quarto. Na madrugada do sábado, cabine da Polícia Militar foi incendiada no Centro, em frente à Justiça Federal.
“Todos os policiais, eu disse TODOS, civis, militares, bombeiros militares, peritos e auxiliares de Pericia, estamos unidos e já tomamos a ofensiva. Vamos seguir adiante”, escreveu o secretário.
Os ataques começaram após a morte de integrante do Comando Vermelho (CV), Ewerton da Costa Santos, de 21 anos, conhecido como “Saboré”. Ele foi baleado durante operação da Coordenadoria de Inteligência (Coin), na manhã de sexta, na Aerolândia.
Ao longo do sábado, houve ainda 16 assassinatos na Região Metropolitana de Fortaleza, segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Houve dois casos de duplo homicídio. Não há informação se algum dos homicídios teria relação com a morte de Saboré.
“Quanto às reações dos criminosos, já esperávamos e contávamos com elas. Algo que viria naturalmente”, disse André Costa. O secretário prometeu “reagir sempre à altura”. Disse ainda que serão oferecidos dois caminhos a percorrer. Em outras oportunidades, ele já havia afirmado que as opções são “Justiça ou cemitério”. “Sejam sábios, escolham o menos pior”, disse André Costa.
Policial morto
Um dos crimes ocorridos no sábado foi o assassinato do cabo da Polícia Militar Luís Carlos Ribeiro, 49, que estava afastado do serviço ativo. Bandidos invadiram a casa dele, no bairro Eldorado, em Caucaia, e dispararam contra ele.
“Parece que os bandidos no Estado do Ceará ainda não entenderam. A Polícia age conforme a situação e diante desta, NÃO RECUAREMOS!”, disse André Costa.
Fonte: O Povo
