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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Na Paraíba, vereador vende o próprio carro, perfura poço e dá água de graça à população

Dois carros pipa estacionados, em um deles há uma mangueira que passa sobre o muro de um prédio
O vereador, Reginaldo de Babá (PT), do município de Soledade, interior da Paraíba, vendeu um veículo e, com o dinheiro, perfurou um poço artesiano em um terreno de sua propriedade, localizado no bairro Alto São José, zona oeste, e colocou a água a disposição da população.
Antes de distribuir a água á população, Reginaldo mandou fazer uma análise no líquido na UFCG e na Cagepa.
Desta forma, ficou constatada que é uma água propicia para gastos e não serve para o consumo humano, haja vista que tem uma pequena quantidade de sal que a deixa salobra.
Após atestada que não há nenhuma bactéria prejudicial, o vereador decidiu fazer instalar uma caixa d'água de 10 mil litros e também construiu uma cisterna de 80 mil litros para armazenar o preciso líquido e distribuir ás pessoas da comunidade.
Além disso, Reginaldo disse em entrevista ao Jornal Imparcial pela rádio Cidade AM 1310 nessa segunda-feira (23), que parte da água deste poço, é vendida para empresários do ramo de granja e a prefeitura.
O dinheiro arrecadado com essa venda, ele paga aos pipeiros para levar água aos demais recantos da cidade onde a Cagepa não mais consegue abastecer a população.
Diante dessa terrível seca, onde a população clama o tempo inteiro por água, me veio a idéia de vender um Fiat Uno que eu tinha e perfurar um poço em terreno que tenho no Alto São José, instalar uma caixa de 10 mil litros e fazer uma cisterna de 80 mil litros e isso tem possibilitado atender boa parte da população, porque é ligada 24 horas voltada para a rua com uma mangueira ligada e com um registro, que possibilita o pessoal pegar a água em latas, carroças de burro. Ou seja, é uma maravilha, alegra-se o vereador.
Reginaldo diz que a iniciativa não tem nada a ver com promoção política, conforme insinuou uma meia dúzia de invejosos e que só pensou mesmo no sofrimento dos seus conterrâneos.
Eu jamais pensaria numa coisa dessas. Ou seja, trocar água por voto. Até porque as eleições só ocorrerão daqui há 11 meses. Penso sim, em contribuir com o povo da minha terra, que vive sofrendo com a falta d'água. A água está aí, não sei até quanto tempo, pois não conseguimos ver o subsolo. Mas vamos pedir a Deus que mande chuva para encher os reservatórios e acabar de vez com essa estiagem, conclui.