Desde 2022, quatro escolas funcionam sob este modelo no Estado do Ceará: duas em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, uma em Juazeiro do Norte, no Cariri, e a outra em Mombaça.
A secretária de Educação de Mombaça, Helena Oliver, procurou o jornal O POVO para comunicar que o Município irá acatar a decisão do MEC e encerrar o modelo de educação cívico-militar na Escola Municipal Professora Laura Alencar. "A instituição de ensino continuará com as mesmas funções e rotina das demais instituições da educação básica do Município", frisou Helena Oliver.
A secretária explicou, contudo, que será mantido na grade curricular dos alunos um dos principais mecanismos pedagógicos do modelo federal. "Somente daremos continuidade ao Projeto Valores, o qual trata sobre o respeito mútuo dentro da escola, bem como garante a segurança e boas relações interpessoais", completou a gestora. Em relação ao custeio, ela afirmou que não haverá mudanças, uma vez que o MEC ainda não havia transferido recursos ao Município para a execução do programa.
No ensino cívico-militar, a gestão educacional é realizada conjuntamente por militares e civis. Os membros das forças de Segurança atuam no apoio às tarefas administrativas, enquanto professores e demais profissionais da educação se responsabilizam pelo trabalho didático-pedagógico. Segundo o MEC, 202 escolas tinham adotado o modelo no País.
Mesmo com a extinção do programa, a metodologia de ensino não será proibida. No Paraná, por exemplo, existem 206 escolas cívico-militares. O governo do Estado confirmou que pretende manter a proposta de ensino em todas as unidades e custeá-la com recursos próprios. No Ceará, não houve adesão ao programa do MEC pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc).
Fonte: O Povo