Páginas

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Humanidade chega na marca de 8 bilhões de habitantes

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira, 15, que a humanidade atingiu o número de 8 bilhões de pessoas. A humanidade levou 12 anos para alcançar a marca recente, mas levará 15 anos para chegar aos 9 bilhões.

Segundo a Agência da ONU, a distribuição geográfica da população global está mudando. O continente asiátio concentrará a maior parte da população, com Índia e China liderando os números de pessoas no leste e sudeste da Ásia. A região possui hoje 2,4 bilhões de habitantes.

O ritmo de crescimento populacional diminuiu e as últimas projeções da ONU apontam que a população mundial deve chegar a 9,7 bilhões em 2050. A previsão é de que 61 países diminuam em 1% ou mais o número de habitantes devido aos baixos níveis de natalidade e às altas taxas de emigração.

Secretário-geral da ONU alerta para desigualdade mundial

Segundo António Guterres, secretário-geral da ONU, o aumento se deve aos avanços científicos e melhorias em questões de saúde pública. Ele ressalta, entretanto, em artigo de opinião, que à medida que a população humana aumenta também crescem as disparidades sociais e econômicas.

O secretário-geral alerta para a concentração de riquezas em somente 1% da população mundial, afirmando que o poder econômico influencia diretamente na longevidade, já que “as pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres”.

Como agravantes dessa situação, António Guterres cita a aceleração da crise climática e a recuperação desigual da Covid-19. “Estamos na direção de uma catástrofe climática”, diz ele em seu artigo, apontando para as emissões de carbono e ao aquecimento das temperaturas que estão em “contínuo crescimento”.

Guterres afirma que a partir deste mês, com a Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), no Egito, os países deverão dar o primeiro passo para a solução desses problemas e reconhecer essas “desigualdades desenfreadas”.

Fonte: O Povo