Experimentos de laboratório mostraram que a vacina da Pfizer/BioNTech tem menos imunidade contra a variante Ômicron do que para outras cepas do coronavírus. Ainda assim, testes revelaram que a terceira dose do imunizante pode ajudar a barrar a circulação da nova mutação.
O estudo foi realizado por pesquisadores do Africa Health Research Institute em Durban, na África do Sul. O grupo descobriu que que a Ômicron reduz em até 40 vezes a eficácia dos anticorpos de pessoas que receberam duas doses da vacina da Pfizer, em comparação com a variante do vírus detectada na China no final de 2019.
A perda de proteção é “robusta, mas não completa”, afirmou o responsável pela pesquisa, Alex Sigal, em uma apresentação online sobre os resultados da pesquisa.
“Haverá mais descobertas” sobre a imunidade induzida pela vacina, segundo Sigal. “Uma boa dose extra provavelmente diminuiria as chances de infecção, especialmente aquelas que resultam em casos mais severos da doença. Pessoas não receberam uma dose de reforço devem tomá-la, e pessoas que já foram infectadas devem se vacinar”.
O estudo irá avaliar também se será necessária a criação de vacinas específicas para a variante Ômicron para auxiliar no combate à pandemia.
Já o presidente do laboratório Moderna, Stephen Hoge, afirmou que há um risco de que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a nova cepa. Ao mesmo tempo, o conselheiro médico para os Estados Unidos, Anthony Fauci, afirmou que a gravidade da doença causada pela Ômicron pode ser limitada.
O laboratório sul-africano testou 14 amostras de plasma sanguíneo coletado de doze pessoas que se vacinaram com duas doses da vacina da Pfizer/ BioNTech dentro do período de um mês. O objetivo era medir a concentração de anticorpos necessários para neutralizar ou bloquear a variante do vírus.
Cientistas notaram que os níveis de anticorpos era maior entre aqueles participantes que foram infectados com covid há cerca de um ano, segundo Sigal.
Os resultados são preliminares e os níveis de imunidade podem variar, alerta Sigal. No entanto, pesquisas como essa poderão determinar se serão necessárias mudanças nas vacinas para combater a Ômicron.
Fonte: Yahoo Notícias