Páginas

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Governo vai repatriar brasileiros de Wuhan/China, epicentro do coronavírus

O governo vai repatriar os brasileiros que estão na cidade de Wuhan, na China, região de origem da epidemia do coronavírus. Eles, assim como o restante da metrópole, estão confinados desde que a doença começou a se proliferar, já que o governo chinês adotou medidas como o bloqueio do transporte público e estradas. 

O anúncio foi feito neste domingo (2) pelo Ministério das Relações Exteriores. Segundo a pasta, assim que chegarem ao Brasil, os cidadãos deverão ser submetidos a quarentena que seguirá os procedimentos internacionais, sob orientação do Ministério da Saúde.

O Itamaraty estima que cerca de 50 brasileiros estejam confinados na cidade.

O plano de "resgate" é elaborado pelo Ministério da Defesa, com o apoio da Força Aérea Brasileira. A ideia é fazer um voo fretado. Os detalhes da operação ainda serão divulgados. 

O anúncio acontece após um grupo de brasileiros na China fazer um apelo ao governo de Jair Bolsonaro para a retirada de cidadãos do país afetado pelo surto do coronavírus. Na carta-aberta, gravada em um vídeo publicado no YouTube na manhã deste domingo (2), eles lembram as operações de evacuação já feitas por diversos países e dizem estar dispostos a passar pelo período de quarentena fora do território chinês. 

Na sexta (31), o presidente Jair Bolsonaro havia dito que a evacuação de brasileiros só aconteceria se houvesse garantia de que os cidadãos passariam por uma quarentena. Bolsonaro citou ainda a questão orçamentária como motivo que dificultava a ação do governo, além da falta de uma lei nacional que permita colocar pessoas em quarentena.

Duas brasileiras, que se encontravam em Wuhan e também possuíam nacionalidade portuguesa, já embarcaram em voo francês que transportou cidadãos da União Europeia. Elas farão quarentena em Portugal.

Balanço

Segundo boletim da Organização Mundial da Saúde deste domingo, o coronavírus já tem 14.557 casos confirmados em 24 países, sendo a grande maioria na China. Desse total de pacientes, 305 morreram, sendo 304 na China e, o outro, um chinês que morreu nas Filipinas.

Com informações R7