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quinta-feira, 28 de junho de 2018

PM morre durante operação em morro da zona norte do Rio

Um policial militar morreu na manhã desta quinta-feira (28) durante uma operação no Morro dos Macacos, na zona norte do Rio. A vítima, que ainda não teve o nome divulgado, foi baleada na cabeça. A Operação é feita por homens da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Devido ao intenso confronto na região entre policiais e traficantes, o túnel Noel Rosa, que liga os bairros de Vila Isabel e Sampaio, foi fechado nos dois sentidos. O Centro de Operações da Prefeitura do Rio pediu que os motoristas evitem passar pela região.

Policiais que pediram para não ter o nome revelado afirmaram que equipes da Polícia Militar se envolveram em diversos tiroteios com membros do crime organizado por volta das 7h.

Às 9h uma equipe do Bope (unidade de elite da PM do Rio) permanecia no interior da favela em busca de suspeitos.

"Desde que a UPP entrou aqui em 2011 não ouço tantos tiros. Fiquei em pânico. O pior aconteceu mais ou menos 7h da manhã, isso não é normal aqui", disse uma moradora que pediu para não ter o nome revelado.

Segundo moradores, criminosos das facções Terceiro Comando Puro e Amigos dos Amigos operam na região.

Um morador da localidade Pau da Bandeira, dentro do Morro dos Macacos, disse que os tiros na região começaram às 5h30.

"Eu levo minha filha para a escola todo dia. Nem saímos de casa. O Bope chegou na favela", disse o morador que não será identificado por questões de segurança.

A ação policial estaria relacionada com a busca de suspeitos de balear o policial militar Leonardo Freitas na quarta-feira. Ele foi atacado em Vila Isabel, na zona norte do Rio, quando chegava em casa.

Nas redes sociais, moradores da região comentam o tiroteio. "Helicóptero na [rua] Teodoro [da Silva] e carros de polícia passando a toda hora também na Teodoro!", escreveu um morador.

Também na manhã desta quinta-feira e na zona norte, as Forças Armadas e a polícia ocuparam os complexos de favelas do Chapadão e da Pedreira, controlados por facções rivais e usados como núcleos de ações de roubo de cargas. Envolvendo mais de 5.500 agentes, a operação é a maior desde o início da intervenção em fevereiro.

Entre os objetivos estão derrubar barricadas, cumprir mandados de prisão e checar antecedentes criminais de suspeitos, para tentar enfraquecer as facções.

Fonte: Uol Notícias