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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Ciopaer se prepara para receber novas aeronaves no próximo ano

Após 22 anos de atuação no Estado do Ceará, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) se prepara para entrar em uma nova fase. A chegada de duas novas aeronaves de fabricação alemã, cada uma orçada em cerca de R$ 40 milhões, deve reforçar e ampliar o trabalho aéreo das equipes vinculadas à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Um dos novos equipamentos circula em fase de testes na Alemanha. Recentemente, o governador do Estado, Camilo Santana, divulgou imagens da aeronave Fênix 08, já com nova adesivagem da Polícia do Ceará. Com a chegada das duas recém adquiridas, a frota da Ciopaer passa a ser de nove aeronaves, sendo oito helicópteros e um avião.

Segundo o tenente-coronel Marcus Costa, responsável pela comunicação da Coordenadoria, a Fênix 08 é do modelo H135. A aeronave deve chegar ao Estado e estar pronta para uso antes do fim do primeiro semestre de 2018. Já o segundo helicóptero deve ser entregue em novembro de 2018.

Tecnologia

Costa destaca que o novo modelo traz novidades que irão ajudar em diversos tipos de missões da Ciopaer. A aeronave, adquirida pelo Estado por meio de financiamento com um banco alemão, tem novo motor, melhor aviônica e um eficiente parâmetro de velocidade, o que, conforme o tenente-coronel, deve auxiliar a aproximação do equipamento nos casos de resgates de vítimas.

"Essas novas aeronaves são mais caras, mas elas servem muito mais à população. Elas proporcionam uma resposta mais rápida e mais segura para nós também. Nelas há equipamentos especiais como farol de busca, guincho elétrico, biturbina, capacidade de voo por instrumentos e condições para as multimissões, ou seja, podem executar operações policiais, resgates, salvamentos e UTI aérea", adicionou Marcus Costa.

Ainda segundo o oficial, as aquisições vão fazer com que a frota de aeronaves com biturbina seja ampliada. Outra novidade é que os helicópteros de modelo H135 têm piloto automático de quatro eixos. Costa explica que, atualmente, a Ciopaer só opera com máquinas de três eixos. Com mais esse eixo é possível estabilizar o veículo, mesmo em situações críticas, como a de resgate de pessoas no alto mar que normalmente tem a presença de fortes ventos.

"O trabalho do piloto é facilitado com relação a manter o equipamento no mesmo ponto. Com a biturbina nós conseguimos ir para mar adentro. A capacidade do guincho é três vezes maior do que as outras, assim, é possível tirar duas vítimas da água sem nenhum problema", acrescentou o oficial da Ciopaer.

Nesse sábado (18), uma equipe formada por quatro pilotos da Ciopaer viajou até a Alemanha para acompanhar os testes da Fênix 08. Os servidores devem permanecer no país durante 20 dias para também serem submetidos a um curso teórico. Os pilotos escolhidos para a viagem são instrutores e serão responsáveis por repassar os ensinamentos aos demais pilotos da Ciopaer.

Além de atuar em resgates e missões policiais na Capital, as equipes da Ciopaer têm desenvolvido cada vez mais trabalhos no Interior do Estado. É comum que as aeronaves sejam utilizadas em operações das polícias Civil e Militar em municípios da RMF e Interior. De acordo com um levantamento feito pela Coordenadoria por meio de uma pesquisa de campo nos destacamentos do Interior, 97% dos servidores se sentem mais seguros quando há equipamento da Ciopaer presente.

O tenente-coronel Marcus Costa disse que os policiais se sentem mais protegidos e com mais condições para ação quando sabem que há equipe aérea. A amplitude do campo de visão faz com que as autoridades concluam que não serão surpreendidas por criminosos mais à frente durante as diligências.

"Sabem que se houver confronto, terá apoio imediato. Outro ponto é que uma aeronave consegue cobrir vários distritos. Um helicóptero consegue cobrir uma área equivalente a de 22 viaturas terrestres. E se houver algum policial ferido, a aeronave vai conseguir fazer uma rápida e eficiente resgate", disse o tenente-coronel.

Histórico

O policiamento aéreo teve início no Ceará no ano de 1995. Na data, a atuação era exclusiva da Polícia Militar. Seis anos depois, em 2001, houve a primeira grande mudança. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil passaram e integrar a equipe e houve a compra de mais três helicópteros. Em 2007 o até então Centro, virou Coordenadoria.

A partir dessa data a Ciopaer recebeu uma identidade visual, a mesma utilizada até hoje. No mesmo ano foram comprados mais equipamentos. Atualmente, a Coordenadoria é composta por quatro quadros funcionais, são eles: mecânicos, apoio solo, pilotos e tripulação. Hoje, o quadro de pilotos é composto por 30 profissionais. Além de Fortaleza, há bases em Sobral e Juazeiro do Norte. No segundo semestre de 2018 está previsto uma nova base em Quixadá.

Fonte: Diário do Nordeste