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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

DIZ MINISTRO DA SAÚDE: 'Combate ao Aedes é maior desafio'

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse ontem que o combate ao mosquito Aedes aegypti é o maior desafio da saúde brasileira atualmente. Em entrevista coletiva em que fez um balanço de seus 200 dias no ministério, Barros reforçou as previsões do governo que apontam para um aumento de casos de infecção pelo vírus Chikungunya, transmitido pelo Aedes aegypti, em 2017.
"Temos que combater o mosquito. Esse é o grande desafio da saúde até que a gente consiga um controle adequado", avaliou. Este ano, foram registrados 263 mil casos de febre chikungunya, contra 36 mil em 2015. "O mosquito pica, recebe o vírus e passa para outra pessoa. Como cresceu muito o número de pessoas que têm, entendemos que haverá uma ampliação".
Em relação à dengue e ao vírus Zika, também transmitidos pelo mosquito, Barros lembrou que o ministério trabalha com um cenário de estabilidade de casos. Em 2016, foram contabilizados 1,4 milhão de infecções por dengue, contra 1,6 milhão no ano passado, além de 211 mil casos prováveis de infecção por Zika em 2016.
"Cada cidadão é responsável pelo combate ao mosquito. Não há força pública capaz de estar em todos os lugares eliminando os focos".
Repelente
Com mais de um ano de atraso desde o primeiro anúncio, a distribuição de repelentes a gestantes carentes não tem data para começar. O ministro da Saúde evitou dar uma previsão de quando o governo fornecerá o produto à população, embora o pregão eletrônico esteja em andamento. A promessa dele era para a distribuição ocorrer este mês.
Barros atribuiu à "burocracia" o atraso no calendário de entrega do produto, que deve ocorrer já durante o verão, período crítico de infestação do Aedes aegypti, que transmite dengue, chicungunha e zika. O processo de compra está atualmente na fase de apresentação de recursos administrativos contra a empresa vencedora.
O Ministério da Saúde vai liberar R$ 962,3 milhões para o funcionamento de 1.966 serviços na rede pública. A medida, segundo a Pasta, garante o atendimento da população em unidades que já estavam em atividade, mas sem a contrapartida do governo federal.
As portarias devem ser publicadas ainda esta semana no Diário Oficial da União.
Entre os serviços comtemplados estão 53 para atendimento de pacientes com câncer, 71 para assistência a gestantes e bebês, 421 para a rede de urgência e emergência, 94 para assistência em unidades de terapia intensiva e 39 para cuidados de pessoas com deficiência.
O ministro Ricardo Barros avaliou que o montante só pode ser liberado graças a otimização dos gastos públicos.
Fonte: Diário do Nordeste