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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Deputado do vídeo pornô diz que 'todos no Congresso' fazem a mesma coisa

Reprodução

Você lembra que ontem, um vídeo feito pelo SBT Brasília, mostrava deputados federais assistindo vídeos de sacanagem em plena sessão da Câmara quando se discutia a reforma política no Brasil. O deputado foi identificado como sendo João Rodrigues (PSD-SC). Mas ele tinha uma excelente razão para explicar o fato:
"Nesses grupos de WhatsApp que eu tenho, todo mundo tem, tem muitos amigos que mandam muita sacanagem", disse, o deputado que é pai de duas filhas. "Eu só abro e quando vejo o que é, apago logo", disse ao Diário gaúcho.
Não é o que parece quando se vê o video abaixo, publicado no YouTube pelo Correio Braziliense.
221.409 brasileiros votaram em Rodrigues na última eleição. Não dá nem para dizer que ele se elegeu pela legenda ou como suplente. Não dá para negar a legitimidade do seu mandato.
Em determinado momento é possível ver um grupo com quatro deputados assistindo aos vídeos.

Chama a atenção também que na mesa do parlamentar que mostra o vídeo para os colegas está um convite para uma missa a ser realizada na CNBB pela Frente Parlamentar Católica. 

Nas imagens, é possível ver que o convite para a missa é assinado pelo deputado Givaldo Carimbão (PROS-AL), que não é nenhum dos parlamentares ávidos para ver o vídeo.

Rodrigues, ex-prefeito da cidade de Pinhalzinho (SC),  também fez questão de esclarecer que não é o único a receber essas "indecências" pelo celular:
"Todos recebem essas brincadeirinhas. se você vier aqui vai ver que uns 200 deputados estão na mesma", disse, ao Correio Braziliense.
Durante a sessão de quarta, a Câmara aprovou o fim da releição para presidente da República, governadores e prefeitos. Mais cedo, na votação de outra parte da reforma política e com uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara havia rejeitado o financiamento exclusivamente público e aprovado a doação de empresas para partidos nas campanhas.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), achou graça, segundo a mesma matéria do Correio."É uma conduta atípica, não é? (risos). Mas eu não tenho condição de te responder isso agora. Alguém deve representar contra isso. Se alguém representar, a gente vai verificar, no Conselho de Ética ou no Corregedor, como proceder".
Ninguém fez uma representação contra Rodrigues até o momento. Afinal, segundo ele próprio, 'uns 200' fazem o mesmo.
E já que perguntar não ofende: será que ele vai à missa para a qual foi convidado? E se for, vai desligar o WhatsApp?